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Brasil navega na crise do zika vírus em nau sem comando, diz especialista

O Brasil carece de comando ao navegar o mar nebuloso das epidemias de zika, dengue e chikungunya. É o que diz o infectologista Artur Timerman, presidente da recém-criada Sociedade Brasileira de Dengue e Arboviroses.

No programa ao vivo desta sexta (27) da TV Folha, Timerman afirma que o país pode passar por uma epidemia tríplice sem precedentes e de consequências imprevisíveis. Não se sabe como uma virose interage com a outra nem os efeitos de contraí-las subsequentemente, explica.

Participaram da mensa a repórter especial de Saúde Claudia Collucci e o repórter de Cotidiano Gabriel Alves.

Uma das consequências da infecção pelo zika pode ser o aparecimento de microcefalia em bebês de mães que foram infectadas. O Brasil já contabiliza 739 casos dessa má-formação e os números não param de crescer a cada semana. Uma doença paralisante, chamada de síndrome de Guillian Barré, também está associada à infecção por zika.

A relação, segundo o médico, é muito provável e é preciso com urgência o desenvolvimento de testes rápidos que consigam diagnosticar o problema.

O infectologista recomenda prudência para quem pensa em engravidar, e aconselha o uso de roupas compridas e repelentes para as grávida, especialmente no primeiro trimestre de gestação.

Na entrevista, Timerman também conta a história do vírus zika, que foi isolado na África na década de 1950 e que notificado pela primeira vez no Brasil em abril último.