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Brasil só crescerá em 2017 e se ajuste fiscal for aprovado, diz economista

As incertezas políticas que impedem a aprovação do ajuste fiscal ---necessário para o país evitar novo rebaixamento da nota de crédito--- devem adiar a recuperação econômica do país para 2017. A avaliação é de Patricia Krause, economista para a América Latina da seguradora Coface.

Durante entrevista em transmissão ao vivo da TV Folha, a economista projeta retração do PIB (Produto Interno Bruto) de 2,5% para o Brasil em 2015 e de 0,5% para o próximo ano. Os números, porém, ainda podem ser piorados, segundo ela.

A situação se agravaria caso o país não conseguisse aprovar o ajuste fiscal ou se a crise política piorasse e levasse a um impeachment da presidente Dilma Rousseff, o que aumentaria o cenário de incerteza e pressionaria o dólar para cima, afirma Krause. O impacto da valorização cambial seria sentido na inflação, que ficaria mais pressionada e distante da meta estipulada pelo Banco Central, que é de 4,5% com dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

Apesar do esperado aumento dos preços ---que deve ser agravado com o recente reajuste dos combustíveis---, Krause não vê um aumento da taxa básica de juros (Selic), devido à atual recessão na qual o país se encontra. Isso porque, caso optasse por elevar a Selic, o Banco Central prejudicaria ainda mais o crescimento do país, ao encarecer o crédito tomado por empresas, por exemplo.