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Cunha critica Moro e diz que ações do MPF são "combinadas com o governo"

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou nesta sexta-feira (17) o rompimento político de suas relações com o governo de Dilma Rousseff (PT). O anúncio foi feito um dia após vir público o depoimento do consultor da Júlio Camargo à Justiça Federal do Paraná, no âmbito da operação Lava Jato, no qual ele afirma ter pago US$ 5 milhões em propina a Cunha. O presidente da Câmara nega as acusações.
Cunha criticou o juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal do Paraná, que conduziu o depoimento prestado por Júlio Camargo no qual o consultor afirmou ter pago US$ 5 milhões em propina a Cunha. Segundo Cunha, por ter foro privilegiado, ele não poderia ser alvo de um processo tramitando em primeira instância. Para o presidente da Câmara, Moro acha que é o dono do país.

O juiz violou o procedimento do qual eu tenho foro privilegiado. Quanto a isso, meus advogados vão entrar com uma reclamação junto ao STF, para que o processo na medida em que eu fui citado seja avocado e venha para o STF e não fique mais debaixo de um juiz que acha que é dono do país que acha que é dono de todas as instâncias. Ele acha que o STF e o STJ se mudaram para Curitiba. Ele quer fazer o papel de todos, criticou Cunha.

As ações do Ministério Público são ações combinadas com o governo. Por que, por exemplo, na delação do Ricardo Pessoa, não determinaram a abertura de inquérito contra o ministro [da Casa Civil] Mercadante? Ou contra o ministro [da Comunicação Social] Edinho Silva?, indagou, referindo-se ao depoimento feito pelo dono da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, que disse ter doado R$ 7,5 milhões à campanha de reeleição de Dilma por temer que prejuízos a seus negócios.

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