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Exame da próstata para combater câncer divide opinião de médicos

O rastreamento do câncer de próstata, carro-chefe da campanha Novembro Azul, tem dividido opiniões médicas e deixado pacientes com a seguinte dúvida: devo ou não fazer os exames?

A campanha recomenda que todos os homens com mais de 50 anos (ou 45, no caso de negros e parentes de primeiro grau de indivíduos que tiveram a doença) procurem anualmente um urologista para fazer o exame de toque retal e a dosagem de PSA no sangue. Essa é a orientação da Sociedade Brasileira de Urologia.

O PSA e o exame de toque continuam fundamentais para o diagnóstico precoce, afirmou Carlos Sacomani, diretor de comunicação da SBU (Sociedade Brasileira de Urologia) em debate na TV Folha.

Já outras instituições nacionais e estrangeiras contraindicam o rastreamento de toda a população masculina alvo. Para elas, estudos que acompanharam milhares de homens, por mais de dez anos, mostraram que fazer PSA com ou sem toque retal não diminui a mortalidade geral dos homens, e muda muito pouco a mortalidade específica por câncer de próstata.

É o que defende a SBMFC (Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade). A ideia é não proibir, é dividir os riscos e os benefícios com o paciente, afirma o médico Rodrigo Lima, diretor de comunicação da SBMFC.

Participaram do debate a repórter especial da Folha Claudia Collucci e o editor de Ciência, Ricardo Mioto.