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Ônibus na zona sul do Rio volta a ser depredado e rendido para arrastão

Na última quarta-feira (11), gritos abafados atraíram moradores às janelas e varandas dos prédios que ladeiam o cruzamento das avenidas Prado Júnior e Nossa Senhora de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. À distância, o burburinho soava como uma briga de casal que havia saído do controle, porém, tratava-se de mais um arrastão a bordo de um ônibus da linha 474, que liga Copacabana a Jacaré, uma das comunidades mais violentas da capital fluminense.

Isso aqui é todo dia. É revoltante. A polícia enxuga gelo, diz a dona de casa Luciana Fontenele, 46, que observou o episódio de perto. Marcelo Costa, 49, o motorista do ônibus, explica a já conhecida rotina: Eles agem em bandos. São homens, mulheres, adolescentes e até crianças, que são usadas como escudo. Abordam o ônibus no posto 6 (Copacabana) e rendem o motorista mesmo se não estiverem armados, já que são em muitos. Uma vez no veículo, descem e sobem fazendo arrastão pelas calçadas. Seguem assim até o fim da linha, em Jacaré. Sabe-se lá o que ia acontecer. Levaram meu celular e minha mochila, que consegui recuperar.