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Partidos ainda investem em candidatos caricatos para puxar votos

Neste ano, a reforma eleitoral trouxe uma inovação. Para serem eleitos, os candidatos a vereador têm que receber ao menos 10% do quociente eleitoral em votos. Em 2012, o índice foi de 103.843, o que significaria um mínimo de 10.384 votos.

Mesmo assim, as legendas ainda apostam em figuras caricatas como puxadores de votos. Pelas regras anteriores, candidatos com grande votação ajudavam a eleger outros do mesmo partido ou coligação.

Em 2002, por exemplo, a eleição de Enéas Carneiro, do Prona, com 1,57 milhão de votos, garantiu outras seis vagas ao partido –que, no entanto, tinha somente mais cinco candidatos. Foi o suficiente para fazer do médico Vanderlei Assis de Souza deputado com apenas 275 votos.

Na eleição proporcional, se um candidato recebe muitos votos, isso contribui para que seu partido conquiste mais vagas, o que pode ajudar a eleger outros candidatos da mesma sigla –é o efeito dos puxadores de votos. A exigência de um mínimo de votos busca cortar esse efeito.

Caso um partido conquiste, por exemplo, três cadeiras, mas só dois dos seus candidatos alcancem 10% do quociente em votos, a terceira vaga é redistribuída para o partido ou coligação com maior média.