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Gelo estaria distribuído de forma desigual em Marte, segundo estudo

02/05/2007 16h12

PARIS, 2 mai (AFP) - O gelo que os cientistas esperam encontrar sob a superfície de Marte pode estar distribuído muito desigualmente segundo regiões do planeta, revela um estudo que será publicado na revista Nature.

Esta informação, obtida graças à exploração da agência espacial americana (Nasa), será utilizada para escolher o local previsto para a aterrissagem da sonda Phoenix, que no ano que vem deve trabalhar em solo marciano em busca de água e, por conseguinte, de vida.

Os cientistas acreditam que podem existir debaixo da superfície marciana vestígios congelados de água que, provavelmente, verteu há milhões de anos no planeta vermelho.

A Phoenix, cujo lançamento está previsto para o mês de agosto, deverá perfurar um metro da superfície naquele planeta.

A Nasa espera enviar a sonda para uma região onde haja 80% de possibilidade de encontrar água a menos de 30 centímetros de profundidade.

Mas até agora os dados sobre o subsolo marciano eram muito pouco precisos, com grandes margens de erro. No entanto, as novas imagens infravermelhas da sonda Mars Odyssey permitem uma aproximação de menos de um quilômetro, cem vezes mais do que era possível até agora.

O autor do artigo, Joshua Bandfield, da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, mediu o calor irradiado pelo solo marciano no verão e no outono, com a hipótese de que, se houver água perto da superfície do planeta, a temperatura do solo teria uma variação mais suave do que se só existisse poeira.

Os locais mapeados pelo professor Bandfield se situam entre 60 e 70 graus de latitude, onde se prevê que haja água a menos de dois metros de profundidade.