Vitamina B não reduz risco de AVC recorrente
Um estudo publicado esta quarta-feira descarta que a vitamina B ajude a evitar a recorrência de acidentes vasculares cerebrais ou ataques cardíacos.
A conclusão, baseada em testes clínicos inéditos, sugere que a vitamina B não deveria mais ser recomendada a pacientes que sofreram problemas vasculares severos, revela artigo publicado na revista médica britânica The Lancet.
Uma pesquisa anterior havia demonstrado um vínculo entre o aumento de aminoácidos no sangue - uma condição conhecida como homocisteína - e um risco maior de sofrer AVCs e doenças cardiovasculares. Outros estudos revelaram que uma dose diária de vitamina B poderia reduzir os níveis anormais de aminoácidos.
O que permanecia desconhecido era se os suplementos vitamínicos ajudariam a reduzir os riscos de ataques cardíacos ou AVCs recorrentes, fatais ou não.
Para descobrir isto, um consórcio internacional de médicos e cientistas de 20 países realizou um teste clínico com mais de oito mil pacientes que tiveram sérios problemas cardíacos ou vasculares.
Metade dos participantes receberam doses diárias de vitamina B - uma mistura de ácido fólico, B6 e B12 -, enquanto a outra metade ingeriu apenas placebos.
Durante um período de acompanhamento médio de 3,4 anos, não foi identificada uma diferença estatisticamente significativa no resultado: 15% dos indivíduos do grupo que ingeriu a vitamina B experimentaram problemas vasculares importantes contra 17% do grupo de controle.
As vitaminas não causaram efeitos colaterais adversos.