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Estudo publica as imagens mais detalhadas do cérebro humano

O Projeto Conectoma Humano publicou as primeiras imagens mais detalhadas do cérebro humano, além de informações sobre os traços de personalidade e habilidades intelectuais da mente - NIH/Human Connectome Project
O Projeto Conectoma Humano publicou as primeiras imagens mais detalhadas do cérebro humano, além de informações sobre os traços de personalidade e habilidades intelectuais da mente Imagem: NIH/Human Connectome Project

Em Washington

05/03/2013 22h53

Cientistas americanos publicaram as imagens mais detalhadas até hoje já vistas do cérebro humano, em um projeto internacional de pesquisa destinado a compreender como as estruturas cerebrais determinam a personalidade e os talentos.

O Conectoma Humano, um projeto de cinco anos do qual participam dez centros de pesquisas dos Estados Unidos e da Europa, busca coletar grande quantidade de dados através de sistemas avançados de imagens em um total de 1.200 adultos saudáveis e facilitar o livre acesso aos cientistas de todo o mundo.

As primeiras imagens e dados publicados nesta terça-feira (5) provêm de 68 adultos saudáveis voluntários. Além das muitas imagens de seus cérebros, o projeto também fornece informação sobre os traços de personalidade e habilidades intelectuais.

"Ao tornar disponíveis de imediato estes dados únicos e continuar publicando-os com regularidade trimestral, o 'Projeto Conectoma Humano' permite à comunidade científica começar a explorar os vínculos entre os circuitos cerebrais e os comportamentos", disse David Van Essen, professor da Escola de Medicina da Universidade de Washington em St. Louis, um dos principais membros da equipe.

O estudo "terá um impacto importante em nossa compreensão da função cerebral em adultos saudáveis e estabelecerá as bases para futuros projetos de pesquisa que analisam as mudanças nos circuitos cerebrais que estão na origem de uma variedade de doenças mentais", acrescentou.

Estes dados preliminares proporcionam informação sobre a conectividade do cérebro em cada um dos 68 indivíduos, usando duas técnicas diferentes da ressonância magnética nuclear.A primeira técnica revela a complexidade dos circuitos nas estruturas da matéria cinzenta, que contêm neurônios e processam a informação proveniente dos órgãos sensoriais ou de outras partes do cérebro. 

O segundo método revela os circuitos anatômicos através da substância branca do cérebro, em que as fibras nervosas estão rodeadas de uma camada de mielina protetora. Esta camada age como um isolante que facilita a transmissão de sinais às fibras nervosas.

Os participantes também se submeteram a uma ressonância magnética de seu cérebro enquanto faziam uma variedade de tarefas,  proporcionando muitos dados sobre a ativação cerebral. O Projeto Conectoma Humano é financiado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês).