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Grávidas em áreas poluídas têm 2 vezes mais riscos de ter filho autista

Em Washington

18/06/2013 11h26

As mulheres grávidas que estiveram expostas a altos níveis de ar poluído têm duas vezes mais possibilidades de dar à luz uma criança autista do que as que moraram em áreas com baixa contaminação do ar, segundo um estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

De acordo com os especialistas, este é o primeiro estudo nacional que examina a ligação entre a poluição e o desenvolvimento desta condição. 
A pesquisa foi publicada na revista Environmental Health Perspectives.

"Nossa pesquisa é preocupante porque, dependendo do poluente, 20 a 60% das mulheres que participaram em nosso estudo viviam em áreas onde o risco de autismo é elevado", afirmou Andrea Roberts, pesquisadora associada do departamento de Ciências Sociais e de Conduta, da Faculdade de Saúde Pública de Harvard.

Dois estudos anteriores já haviam demonstrado a relação entre a exposição à poluição do ar nas mulheres grávidas e as crianças com autismo, mas estes estudos haviam analisado dados de apenas três lugares nos Estados Unidos.

No estudo, iniciado em 1989, foram pesquisadas 116.430 mulheres. Para a análise, foram selecionadas 325 mulheres, que tiveram um bebê autista e 22.000 que tiveram um filho não afetado por este fenômeno patológico.

Os pesquisadores avaliaram os níveis de poluentes no ar no momento e lugar de nascimento, baseado em dados da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA). Também levaram em conta outros fatores, como as rendas, o nível educativo e o fato de terem fumado u não durante a gravidez.

As grávidas que que viviam em zonas onde a concentração de partículas diesel e mercúrio eram maiores, tinham o dobro do risco de ter um filho com autismo que as que moravam em lugares menos poluídos por estas substâncias, concluíram.

Por outra parte, descobriram que as mulheres que durante a gravidez viviam em áreas onde os níveis de cloreto de chumbo, magnésio e cloreto de metileno no ar eram mais altos tinham 50% mais probabilidades de ter um filho autista que as que viviam em lugares menos expostos a estes poluentes.