Meteorito sofreu 'fusão intensa' antes de explodir na Rússia
O meteorito que caiu em fevereiro passado sobre a região russa de Tcheliabinsk sofreu um "processo de fusão intensa" por ter passado junto ao Sol, ou se chocado antes com outro planeta, revela um estudo publicado nesta terça-feira (27).
Entenda a diferença
Asteroide | Objeto rochoso, relativamente pequeno e inativo, que orbita o nosso Sol |
Meteoroide | Sobras de asteroides ou cometas que orbitam o nosso Sol |
Meteoro | Fenômeno que ocorre ao longo da atmosfera da Terra e deixa um rastro de luz no céu |
Meteorito | Quando um meteoroide ou um asteroide resistem à passagem pela atmosfera terrestre e atingem o solo do nosso planeta, ele é classificado como um meteorito |
Cometa | Objeto de gelo relativamente pequeno, mas muitas vezes ativo, que tem cauda de gás e poeira |
- Fonte: Othon Winter, professor e pesquisador de trajetórias espaciais da Unesp (Universidade Estadual Paulista), e Nasa (Agência Espacial Norte-Americana)
Alguns dos fragmentos encontrados nos Urais russos mostram que o meteorito sofreu um "processo de fusão intensa" mesmo antes de entrar na atmosfera terrestre, quando ainda era um meteoroide, destaca a análise dos investigadores do Instituto de Geologia e Mineralogia de Novosibirsk (IGM), na Rússia.
"Isto significa, com segurança, que ocorreu uma colisão entre o 'meteorito de Tcheliabinsk' e outro corpo do Sistema Solar [como um asteroide ou um planeta], ou que ele passou perto do Sol", disse Victor Chariguin, do IGM, que deve apresentar suas conclusões na Conferência de Geoquímica Goldschmidt, em Florença, na Itália.
A chuva de meteoros ocorreu no dia 15 de fevereiro, após a explosão de um asteroide, que tem diâmetro estimado em 17 metros e entre 5.000 e 10 mil toneladas, a cerca de 20 quilômetros de altitude da região russa.
Além dos milhares de pequenos fragmentos de rocha que atingiram a Terra, foi a onda de choque da desintegração que causou os danos mais importantes na cidade, ferindo mais de mil pessoas.
Muitos fragmentos caíram na região de Tcheliabinsk, mas acredita-se que o maior pedaço ficou no lago Chebarkul, onde alguns cientistas tentam localizá-lo.
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