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Especialistas recomendam alerta diante de temporada de furacões

29/05/2014 17h48

MIAMI, 29 Mai 2014 (AFP) - A temporada de furacões 2014 pode ser menos ativa que o normal, mas todas as zonas de risco, do Caribe aos Estados Unidos, devem se preparar porque nunca se sabe onde a próxima tempestade vai aparecer, alertou nesta quinta-feira, em Miami, um encarregado de vigilância dos furacões.

"Embora as probabilidades de sofrer um impacto severo onde você mora sejam relativamente pequenas este ano, as consequências de não se preparar são muito grandes", disse o diretor do Centro Nacional de Furacões da Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), Rick Knabb, em entrevista à AFP.

"Independentemente das previsões para a temporada, do que o 'El Niño' vá fazem, de quantos anos tenham passado desde que sofremos um impacto, temos que nos preparar da mesma forma porque a cada ano é diferente, cada tempestade é diferente e não podemos prever aonde uma tempestade vai se dirigir quando se formar", afirmou.

A NOAA antecipou na semana passada que a atual temporada de furacões, que como todos os anos vai de 1º de junho a 30 de novembro, deve estar "perto ou abaixo da média", com de oito a treze tempestades tropicais, das quais entre três e seis podem virar furacões.

A evolução da corrente "El Niño" deveria atenuar a atividade dos furacões, acrescentou a agência.

No ano passado, a NOAA tinha anunciado uma ativa temporada de furacões, com de três a seis ciclones, mas definitivamente foi a temporada mais calma desde 1982, com 13 tempestades, apenas duas das quais viraram furacões.

"As previsões da temporada não têm uma precisão exata, como ficou evidente no ano passado", admitiu Knabb.

"Mas, embora pudéssemos emitir um prognóstico perfeito em termos de número de furacões e tempestades, não saberíamos para onde vão os furacões e as tempestades" uma vez formados no oceano, insistiu.

No fim de semana passado, Amanda se tornou o primeiro furacão da temporada, a centenas de quilômetros da costa do México, no Pacífico.

Atualmente degradada a depressão tropical, Amanda provocou chuvas no México que deixaram três mortos.