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Robô viaja pelo Canadá de carona e sobrevive ao mundo dos humanos

O robô hitchBOT pede carona à beira da Highway 102 para iniciar sua viagem de 6.000 quilômetros cruzando o Canadá. Ele partiu de Halifax, na Nova Scotia, em 27 de julho. A viagem de carona é parte de um experimento social para ver se os motoristas ajudariam o robô a ir de um lugar a outro até chegar a uma galeria de arte em Victoria, na Columbia britânica - Paul Darrow/Reuters
O robô hitchBOT pede carona à beira da Highway 102 para iniciar sua viagem de 6.000 quilômetros cruzando o Canadá. Ele partiu de Halifax, na Nova Scotia, em 27 de julho. A viagem de carona é parte de um experimento social para ver se os motoristas ajudariam o robô a ir de um lugar a outro até chegar a uma galeria de arte em Victoria, na Columbia britânica Imagem: Paul Darrow/Reuters

21/08/2014 21h23

Um robô chamado HitchBot partiu da costa atlântica do Canadá e, entre uma carona e outra, chegou nesta quinta-feira ao outro extremo do país, em uma iniciativa para avaliar a relação entre humanos e robôs.

Colocado à beira da estrada em 27 de julho em Halifax, cidade costeira e capital da província de Nova Escócia (leste), HitchBot percorreu por conta própria pouco mais de 6.000 quilômetros e chegou a Victoria, capital da Columbia Britância, na costa do Pacífico.

O divertido caroneiro atravessou o país de leste a oeste sem dificuldades, graças à solidariedade de motoristas curiosos, que o embarcavam em seus veículos por alguns quilômetros. Houve uma ocasião, inclusive, em que um motorista o transportou por cerca de 1.000 quilômetros.

A iniciativa foi concebida por um grupo de pesquisadores da Universidade Ryerson de Toronto.

Robô hitchBOT faz parte de um projeto em que cruza o Canadá pedindo carona - Ryerson University/AP - Ryerson University/AP
Imagem: Ryerson University/AP


"Este projeto põe em questão nosso medo da tecnologia e nos coloca a pergunta: 'Os robôs podem confiar nos humanos?'", disse à AFP Frauke Zeller, um dos criadores de HitchBot, no começo da travessia.

"Nosso objetivo é promover o debate na sociedade a respeito da nossa relação com a tecnologia e os robôs", acrescentou.

Para celebrar o sucesso da viagem, o robô, equipado com botas amarelas, flutuadores de piscina nos braços e pernas e projetado para ser totalmente dependente das pessoas, tinha que estar presente em Victoria nesta quinta-feira.

A festa de boas-vindas era organizada na galeria Open Space, que promove a arte experimental.

Os cientistas analisarão os comentários publicados nas redes sociais durante todo o percurso para ver o que se pode depreender do comportamento das pessoas com relação à interação homem-máquina.