Negociadores do clima enfrentam noite decisiva com acordo cada vez mais próximo
Le Bourget, França, 10 dez 2015 (AFP) - Os negociadores do acordo de Paris sobre o clima entraram nesta quinta-feira na segunda madrugada de discussões ininterruptas, para tentar fechar um acordo que garanta um futuro viável para o planeta.
O presidente da Conferência de Paris sobre o Clima (COP21), chanceler francês Laurent Fabius, entregou aos 195 países um novo texto um pouco mais curto, de 27 páginas, e depois pediu aos ministros negociarem toda a noite se for necessário para chegar a um acordo final de manhã.
"Estamos muito próximos do objetivo, temos que ter consciência da responsabilidade necessária para chegar, nas próximas horas, a um terreno de acordo universal", declarou Fabius aos delegados dos 195 países.
Três temas continuam bloqueando as negociações, lembrou Fabius: as finanças do acordo, o grau de responsabilidade diferenciada dos países industrializados e os que estão em desenvolvimento e a ambição a longo prazo, ou seja, como se reduzem as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e como se transita para uma economia que não dependia de suas energias fósseis.
O comissário europeu e chefe negociador da União Europeia, Miguel Arias Cañete, pediu um acordo "ambicioso" para atrair milhares de milhões de dólares em investimentos do setor privado.
- Um mundo com novas alianças -As posições se tornam mais rígidas nas últimas 24 horas, mas também se tornaram mais claras e i texto apresentado por Fabius mostrava muito menos colchetes.
A União Europeia, Estados Unidos e pouco menos de uma centena de países mais vulneráveis, assim como México e Colômbia, anunciaram ontem uma coalizão para chegar a um acordo "ambicioso".
Os países mais afetados pelo aquecimento do planeta, como as ilhas ameaçadas pela elevação do nível dos oceanos, não estão dispostos a deixar escapar a oportunidade de um acordo que consideram de vida ou morte.
O tema que cristaliza a obsessão é o que praticamente domina o acordo de Paris: limitar o aumento da temperatura do planeta a 1,5ºC ou 2ºC com relação aos níveis da era pré-industrial.
O último rascunho menciona um compromisso: manter essa alta de temperatura "muito abaixo de 2ºC (...) e prosseguir com os esforços para chegar a 1,5ºC".
Falta "a parte mais dura", definir como se implementa o acordo "desde o ponto de mitigação e da ampliação do financiamento", disse o ministro equatoriano do Meio Ambiente, Daniel Ortega.
"Estamos de acordo com uma participação voluntária dos países em vias de desenvolvimento no financiamento", explicou em coletiva de imprensa o negociador brasileiro Antonio Marcondes.
O cerne das discussões em Paris são as "responsabilidades comuns, mas diferenciadas" que todos os países aceitaram na Cúpula da Terra do Rio em 1992 e que agora opõem os países emergentes e os desenvolvidos sobre quem deve assumir os custos.
O rascunho submetido por Fabius confirma um número de 100 bilhões de dólares anuais de hoje a 2020 dos países desenvolvidos em benefício dos países em desenvolvimento. Além disso, abre a porta a "outras partes" que voluntariamente queiram proporcionar ajuda econômica a estes últimos países.
O presidente da Conferência de Paris sobre o Clima (COP21), chanceler francês Laurent Fabius, entregou aos 195 países um novo texto um pouco mais curto, de 27 páginas, e depois pediu aos ministros negociarem toda a noite se for necessário para chegar a um acordo final de manhã.
"Estamos muito próximos do objetivo, temos que ter consciência da responsabilidade necessária para chegar, nas próximas horas, a um terreno de acordo universal", declarou Fabius aos delegados dos 195 países.
Três temas continuam bloqueando as negociações, lembrou Fabius: as finanças do acordo, o grau de responsabilidade diferenciada dos países industrializados e os que estão em desenvolvimento e a ambição a longo prazo, ou seja, como se reduzem as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e como se transita para uma economia que não dependia de suas energias fósseis.
O comissário europeu e chefe negociador da União Europeia, Miguel Arias Cañete, pediu um acordo "ambicioso" para atrair milhares de milhões de dólares em investimentos do setor privado.
- Um mundo com novas alianças -As posições se tornam mais rígidas nas últimas 24 horas, mas também se tornaram mais claras e i texto apresentado por Fabius mostrava muito menos colchetes.
A União Europeia, Estados Unidos e pouco menos de uma centena de países mais vulneráveis, assim como México e Colômbia, anunciaram ontem uma coalizão para chegar a um acordo "ambicioso".
Os países mais afetados pelo aquecimento do planeta, como as ilhas ameaçadas pela elevação do nível dos oceanos, não estão dispostos a deixar escapar a oportunidade de um acordo que consideram de vida ou morte.
O tema que cristaliza a obsessão é o que praticamente domina o acordo de Paris: limitar o aumento da temperatura do planeta a 1,5ºC ou 2ºC com relação aos níveis da era pré-industrial.
O último rascunho menciona um compromisso: manter essa alta de temperatura "muito abaixo de 2ºC (...) e prosseguir com os esforços para chegar a 1,5ºC".
Falta "a parte mais dura", definir como se implementa o acordo "desde o ponto de mitigação e da ampliação do financiamento", disse o ministro equatoriano do Meio Ambiente, Daniel Ortega.
"Estamos de acordo com uma participação voluntária dos países em vias de desenvolvimento no financiamento", explicou em coletiva de imprensa o negociador brasileiro Antonio Marcondes.
O cerne das discussões em Paris são as "responsabilidades comuns, mas diferenciadas" que todos os países aceitaram na Cúpula da Terra do Rio em 1992 e que agora opõem os países emergentes e os desenvolvidos sobre quem deve assumir os custos.
O rascunho submetido por Fabius confirma um número de 100 bilhões de dólares anuais de hoje a 2020 dos países desenvolvidos em benefício dos países em desenvolvimento. Além disso, abre a porta a "outras partes" que voluntariamente queiram proporcionar ajuda econômica a estes últimos países.
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