Cientistas desvendam mistério sobre veneno da cobra coral da Costa Rica
Cientistas revelaram o mistério de como o veneno da cobra coral costa-riquenha causa convulsões em suas vítimas, uma descoberta que pode impulsionar pesquisas sobre esquizofrenia, epilepsia e dor crônica.
O veneno inclui um par de proteínas chamadas micotoxinas (MmTX), que se acoplam aos poros nas células nervosas do cérebro e da medula espinhal, conhecidas como receptores GABA(A). Isto resulta em convulsões potencialmente mortais.
O estudo foi publicado nesta segunda-feira (9), nos Anais da Academia Nacional de Ciências, uma revista americana revista por pares.
"O que encontramos são as primeiras toxinas animais das que temos notícia", disse Frank Bosmans, professor assistente de fisiologia e neurociência da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins. "De longe, é o composto mais poderoso que ataca os receptores GABA(A)".
"Assim que aderem aos receptores, não os deixam", prosseguiu.
Descobriu-se que as MmTX se une aos receptores GABA(A) mais firmemente que qualquer outro composto conhecido.
Quando isto ocorre, o poro do receptor se abre permanentemente e a célula nervosa não consegue se restabelecer e acaba falhando.
Os especialistas esperam que estas descobertas ajudem a fazer avanços nos estudos sobre epilepsia, esquizofrenia e dor crônica, causados precisamente por falhas nos receptores GABA(A).
"Os medicamentos para combater a ansiedade, como o diazepam e o alprazolam, também aderem nos receptores GABA(A), mas causam relaxamento no lugar de convulsões porque o fazem com mais folga", disse Bosmans.
O estudo foi financiado pelo Centro Nacional de Pesquisa Científica da França.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.