Topo

Silêncio de dez dias do robô Philae preocupa os cientistas

O robô espacial Philae está estacionado na superfície do cometa "Chury" desde novembro de 2014. O módulo é o primeiro dispositivo comandado por humanos que conseguiu aterrissar sobre um cometa - ESA
O robô espacial Philae está estacionado na superfície do cometa "Chury" desde novembro de 2014. O módulo é o primeiro dispositivo comandado por humanos que conseguiu aterrissar sobre um cometa Imagem: ESA

20/07/2015 08h13

O robô espacial europeu Philae, pousado na superfície de um cometa, completa dez dias de silêncio, afirmou nesta segunda-feira o Centro Aeroespacial Alemão (DLR).

"O módulo de exploração pode ter se movido", indicou o DLR em um comunicado, acrescentando que uma mudança mínima de sua posição pode significar que suas antenas se encontram obstruídas.

Há dez dias, Philae, pousado no cometa "Chouri", conseguiu comunicar-se de novo com a sonda Rosetta durante 20 minutos, após 15 dias de silêncio.

Philae não dava sinais de vida desde 24 de junho, o que causava preocupação à Agência Espacial Europeia (ESA).

Philae, que acordou em 13 de junho após sete meses de torpor, conseguiu no mesmo dia se comunicar durante dois minutos com a Terra através da sonda e transmitir dados.

Um dia depois, ele conseguiu fazer contato novamente, mas a comunicação era de má qualidade. Desde então, ficou em silêncio.

Para melhorar a comunicação com o robô, a equipe responsável pela Rosetta, que escolta o cometa durante sua rota para o sol, decidiu mudar o plano de vôo da sonda.

Nos últimos tempos, Philae só trabalhava durante o dia graças aos seus painéis solares, mas as baixas temperaturas impediam que a bateria fosse recarregada.

Philae permaneceu em uma área sombreada por vários meses, o que impediu seu funcionamento.

O robô realiza tarefas para encontrar partículas orgânicas com um potencial papel no surgimento da vida na Terra.

Dotado de 10 instrumentos, este robô-laboratório, que entrou para a história no dia 12 de novembro ao aterrissar no núcleo de um cometa, trabalhou durante 60 horas antes de dormir pela insuficiência de luz, necessária para recarregar as baterias solares que lhe permitem funcionar.