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Equipes reiniciam tarefas de resgate no deslizamento na Guatemala

03/10/2015 10h19

Santa Catarina Pinula, Guatemala, 3 Out 2015 (AFP) - As equipes de socorros, militares e voluntários reiniciaram neste sábado os trabalhos de resgate de pessoas soterradas por um deslizamento de terras em uma localidade no leste da Guatemala, que até o momento deixou 30 mortos e 600 desaparecidos.

"Estamos removendo os escombros para ter acesso às moradias que ficaram debaixo da terra", explicou José Hernández, membro dos Bombeiros Municipais.

Segundo ele, cerca de 125 casa se encontram soterradas e por isso as autoridades temem que haja mais de 600 desaparecidos.

Os amigos e familiares das vítimas começaram o doloroso processo de identificação dos corpos no necrotério improvisado a uns 400 metros do local da tragédia.

Segundo Sergio Cabañas, comandante de incidentes da Coordenadoria Nacional para a Redução de Desastres (Conred), o número de vítimas do deslizamento de quinta à noite no município de Santa Catarina Pinula, 15 km ao leste da Cidade da Guatemala, deve aumentar, já que há ao menos 600 pessoas desaparecidas na localidade El Cambray II.

O deslizamento surpreendeu a todos durante a noite nesta zona declarada de alto risco por estar próxima a um morro e a um rio.

De acordo com autoridades da Conred, em várias ocasiões, recomendou-se transferir as famílias para um outro local pelo risco de desmoronamentos. Um dos últimos relatórios, emitido pela entidade em novembro passado, afirmou que deveriam ser aplicadas medidas para prevenir algum desastre "de maneira imediata".

Após a tragédia em Santa Catarina Pinula, meios de comunicação, instituições públicas e grupos por meio de redes sociais começaram a arrecadar água, alimentos e cobertores para os desabrigados.

A embaixada dos Estados Unidos na Guatemala emitiu um comunicado para expressar "suas mais profundas condolências" às famílias das vítimas. Diplomatas de Cuba colocaram à disposição das autoridades guatemaltecas cerca de 500 membros da missão médica mobilizada no país.

A temporada de chuvas que começou em maio e se prolonga até novembro já havia deixado oito pessoas mortas antes da tragédia em Santa Catarina Pinula, segundo dados oficiais.

Em 2014, a temporada chuvosa causou 29 mortos, dois desaparecidos, 25 feridos, 655.201 afetados e 9.061 casas com danos, detalharam as autoridades da Defesa Civil.