Delegados apelam à mobilização para implementar acordo climático de Paris
Bonn, 16 Mai 2016 (AFP) - Delegados de 195 países se reuniram nesta segunda-feira em Bonn, no oeste da Alemanha, para começar a concretizar o ambicioso pacto sobre o clima, ainda incompleto, que foi aprovado em dezembro na COP21 de Paris, para frear o aquecimento global.
"A fase de negociação ficou para atrás, estamos entrando em uma fase de colaboração. O mundo inteiro está unido no seu compromisso", declarou a encarregada da ONU sobre o clima, a costa-riquenha Christiana Figueres, ao abrir esta sessão que vai durar até 26 de maio.
O acordo de Paris "nos dá um curso, é uma alavanca extraordinária", afirmou a presidente da COP21 e ministra francesa do Meio Ambiente, Ségolène Royal.
Em 12 de dezembro, a comunidade internacional adotou em Paris o primeiro acordo universal que obriga todos os Estados a agirem contra o aquecimento global, para limitar um aumento dos termômetros a menos de 2°C, ou inclusive de 1,5°C, em relação ao nível de antes da revolução industrial.
O acordo implica também em que o mundo deve deixar de produzir grande parte das energias fósseis e apoiar a evolução energética dos países em desenvolvimento.
O texto não detalha, porém, os mecanismos de monitoramento de ações e de financiamento prometidos.
Além disso, os compromissos nacionais atualmente vigentes para reduzir as emissões de gases do efeito estufa permitem apenas conter a elevação da temperatura abaixo de 3°C, o que implica reavaliar essas promessas.
Mas o tempo é curto. Os efeitos do desequilíbrio climático já são visíveis: ondas de calor, secas, aumento do nível do mar, derretimento de geleiras.
'Trabalho não foi concluído em Paris'Em Bonn, a sede da Convenção das Nações Unidas sobre as Mudanças do Clima, 3.000 delegados analisarão essas questões durante a reunião - a única prevista antes da COP22 em Marrakesh, em novembro.
Os países em desenvolvimento, entre os quais estão alguns dos mais vulneráveis às alterações climáticas, reiteraram a importância de agir urgentemente, alertando sobre os riscos de não fazê-lo.
"O trabalho não foi concluído em Paris. Ele apenas começou", resumiu Tosi Mpanu-Mpanu, representante dos países menos desenvolvidos, exigindo que a questão do apoio às políticas climáticas nos países em desenvolvimento seja prioridade.
Thoriq Ibrahim, representante das Ilhas Maldivas e presidente do grupo de 44 pequenos Estados insulares, ressaltou que não é possível "encontrar uma resposta para o desregramento climático sem uma assistência adequada" dos países ricos.
"A única questão é saber se iremos nos unir rapidamente e vigorosamente para evitar o desastre", indicou.
Na mesma linha, o chamado 'Grupo dos 77 + China' (134 países em desenvolvimento e emergentes) também salientou a importância de agir antes de 2020, data de entrada em vigor do acordo, se o mundo quiser cumprir os seus objetivos.
Um total de 177 Estados já assinaram o acordo de Paris e, na segunda-feira, foram feitos vários apelos para que o pacto seja ratificado rapidamente para reforçar este impulso político.
As más notícias climáticas recentes - os desaparecimentos de ilhas na Oceania, um enorme incêndio no Canadá, corais em extinção na Austrália - e as ameaças de ONGs de bloquear minas e usinas em vários países aumentam a pressão sobre os governos para agir.
Além disso, o último mês de abril bateu um recorde mundial de calor, segundo a administração atmosférica dos Estados Unidos (NOAA).
"A fase de negociação ficou para atrás, estamos entrando em uma fase de colaboração. O mundo inteiro está unido no seu compromisso", declarou a encarregada da ONU sobre o clima, a costa-riquenha Christiana Figueres, ao abrir esta sessão que vai durar até 26 de maio.
O acordo de Paris "nos dá um curso, é uma alavanca extraordinária", afirmou a presidente da COP21 e ministra francesa do Meio Ambiente, Ségolène Royal.
Em 12 de dezembro, a comunidade internacional adotou em Paris o primeiro acordo universal que obriga todos os Estados a agirem contra o aquecimento global, para limitar um aumento dos termômetros a menos de 2°C, ou inclusive de 1,5°C, em relação ao nível de antes da revolução industrial.
O acordo implica também em que o mundo deve deixar de produzir grande parte das energias fósseis e apoiar a evolução energética dos países em desenvolvimento.
O texto não detalha, porém, os mecanismos de monitoramento de ações e de financiamento prometidos.
Além disso, os compromissos nacionais atualmente vigentes para reduzir as emissões de gases do efeito estufa permitem apenas conter a elevação da temperatura abaixo de 3°C, o que implica reavaliar essas promessas.
Mas o tempo é curto. Os efeitos do desequilíbrio climático já são visíveis: ondas de calor, secas, aumento do nível do mar, derretimento de geleiras.
'Trabalho não foi concluído em Paris'Em Bonn, a sede da Convenção das Nações Unidas sobre as Mudanças do Clima, 3.000 delegados analisarão essas questões durante a reunião - a única prevista antes da COP22 em Marrakesh, em novembro.
Os países em desenvolvimento, entre os quais estão alguns dos mais vulneráveis às alterações climáticas, reiteraram a importância de agir urgentemente, alertando sobre os riscos de não fazê-lo.
"O trabalho não foi concluído em Paris. Ele apenas começou", resumiu Tosi Mpanu-Mpanu, representante dos países menos desenvolvidos, exigindo que a questão do apoio às políticas climáticas nos países em desenvolvimento seja prioridade.
Thoriq Ibrahim, representante das Ilhas Maldivas e presidente do grupo de 44 pequenos Estados insulares, ressaltou que não é possível "encontrar uma resposta para o desregramento climático sem uma assistência adequada" dos países ricos.
"A única questão é saber se iremos nos unir rapidamente e vigorosamente para evitar o desastre", indicou.
Na mesma linha, o chamado 'Grupo dos 77 + China' (134 países em desenvolvimento e emergentes) também salientou a importância de agir antes de 2020, data de entrada em vigor do acordo, se o mundo quiser cumprir os seus objetivos.
Um total de 177 Estados já assinaram o acordo de Paris e, na segunda-feira, foram feitos vários apelos para que o pacto seja ratificado rapidamente para reforçar este impulso político.
As más notícias climáticas recentes - os desaparecimentos de ilhas na Oceania, um enorme incêndio no Canadá, corais em extinção na Austrália - e as ameaças de ONGs de bloquear minas e usinas em vários países aumentam a pressão sobre os governos para agir.
Além disso, o último mês de abril bateu um recorde mundial de calor, segundo a administração atmosférica dos Estados Unidos (NOAA).
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