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Genes com defeito agravam câncer de próstata, diz estudo

25/06/2008 09h03

Um estudo conduzido por pesquisadores canadenses sugere que pacientes com câncer de próstata que carregam dois tipos de genes defeituosos têm menor expectativa de vida.

A equipe da Universidade de Toronto afirmou que pacientes com cópias defeituosas dos genes BRCA1 ou BRCA2 vivem em média de quatro a oito anos após o diagnóstico.

Em geral, a expectativa de vida para homens com a doença é de em média 12 anos.

O estudo, divulgado na publicação científica Journal of Cancer acompanhou 301 homens com câncer de próstata.

Eles se concentraram em identificar formas defeituosas dos genes e sua ação no desenvolvimento do tumor.

Eles concluíram que os pacientes com a forma defeituosa do BRCA2 viveram, em média, quatro anos após serem diagnosticados com a doença, enquanto que os carregavam o BRCA1 viviam em média oito anos.

Estudos anteriores revelaram que os mesmo genes também podem aumentar as chances de câncer de mama e de ovário em mulheres.

Segundo os especialistas, os homens que carregam a forma defeituosa do BRCA2 têm cinco vezes mais chances de desenvolver câncer de próstata.

"Nós já sabíamos que carregar a forma defeituosa do BRCA2 aumenta as chances dos homens desenvolverem câncer de próstata", afirma o coordenador da pesquisa Steven Narod.

"Agora, nosso estudo mostra que esses genes defeituosos também influenciam na longevidade do paciente uma vez que a doença é diagnosticada".