Vício em analgésico afeta 3 em 10 jovens na Faixa de Gaza
Cerca de 30% dos jovens palestinos de 14 a 30 anos usam freqüentemente o analgésico tramadol, que tem efeitos calmantes semelhantes à morfina e heroína, e pode levar à dependência química, de acordo com informações do Departamento de Saúde da Faixa de Gaza.
Segundo as autoridades médicas da Faixa de Gaza o uso do tramadol se tornou mais freqüente no ultimo um ano e meio.
Foi durante esse período que o grupo islâmico Hamas tomou o controle da região - em junho de 2007 - e que Israel impôs um bloqueio quase que total ao movimento de pessoas e mercadorias que entram e saem da Faixa de Gaza.
A droga, um, opiáceo, é contrabandeada por intermédio de túneis escavados entre a Faixa de Gaza e o Egito e vendida sem receita médica, por um preço relativamente barato.
Cada comprimido de tramadol custa 2 shekels (moeda israelense), o equivalente a cerca de 1 real.
"Não é por acaso que esse novo fenômeno do tramadol surgiu justamente no ultimo um ano e meio", disse o psiquiatra palestino Eyad Saraj à BBC Brasil.
Saraj, que é o diretor do Centro de Saúde Mental da Faixa de Gaza, afirmou que "desde que o Hamas tomou o controle, a Faixa de Gaza tornou-se uma grande prisão, os jovens se sentem perdidos e desesperados e têm necessidade de fugir da realidade".
Perspectivas
"Que perspectivas têm os jovens desta região se temos 50% de desempregados e 70% da população depende dos alimentos que recebe da Agência de Refugiados da ONU para sobreviver?", perguntou Saraj.
"Os jovens procuram meios para diminuir a ansiedade do dia a dia, e segundo relatos que ouvi, essa droga tem um efeito calmante e relaxante", afirmou o psiquiatra.
Muitos jovens tomam o medicamento todos os dias, junto com o café da manhã e relatam que sentem uma sensação de "calma no corpo inteiro".
As tentativas do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas, de impedir a venda da droga sem receita médica, fracassaram.
O tramadol pode ser comprado livremente nas farmácias e até nas ruas.
Segundo as autoridades médicas da Faixa de Gaza o uso do tramadol se tornou mais freqüente no ultimo um ano e meio.
Foi durante esse período que o grupo islâmico Hamas tomou o controle da região - em junho de 2007 - e que Israel impôs um bloqueio quase que total ao movimento de pessoas e mercadorias que entram e saem da Faixa de Gaza.
A droga, um, opiáceo, é contrabandeada por intermédio de túneis escavados entre a Faixa de Gaza e o Egito e vendida sem receita médica, por um preço relativamente barato.
Cada comprimido de tramadol custa 2 shekels (moeda israelense), o equivalente a cerca de 1 real.
"Não é por acaso que esse novo fenômeno do tramadol surgiu justamente no ultimo um ano e meio", disse o psiquiatra palestino Eyad Saraj à BBC Brasil.
Saraj, que é o diretor do Centro de Saúde Mental da Faixa de Gaza, afirmou que "desde que o Hamas tomou o controle, a Faixa de Gaza tornou-se uma grande prisão, os jovens se sentem perdidos e desesperados e têm necessidade de fugir da realidade".
Perspectivas
"Que perspectivas têm os jovens desta região se temos 50% de desempregados e 70% da população depende dos alimentos que recebe da Agência de Refugiados da ONU para sobreviver?", perguntou Saraj.
"Os jovens procuram meios para diminuir a ansiedade do dia a dia, e segundo relatos que ouvi, essa droga tem um efeito calmante e relaxante", afirmou o psiquiatra.
Muitos jovens tomam o medicamento todos os dias, junto com o café da manhã e relatam que sentem uma sensação de "calma no corpo inteiro".
As tentativas do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas, de impedir a venda da droga sem receita médica, fracassaram.
O tramadol pode ser comprado livremente nas farmácias e até nas ruas.