Estudo vê sinais de evolução de barbatanas para membros de animais
Um estudo da Universidade de Ottawa publicado na revista Nature nesta quinta-feira traz novas pistas sobre a evolução das barbatanas em peixes para membros em quadrúpedes, um passo crucial na evolução.
Os pesquisadores identificaram dois novos genes que têm papel importante na formação de barbatanas, e acreditam que a perda desses genes pode ter sido um "passo importante" na transformação evolucionária de barbatanas em membros.
A pesquisadora chefe, Marie-Andrée Akimenko, e sua equipe começaram o estudo analisando o desenvolvimento de embriões do peixe conhecido como Paulistinha ou peixe-zebra. Eles descobriram dois genes que seriam o código para a formação de proteínas importantes na estrutura das barbatanas.
Essas proteínas são componentes de fibras presentes nas barbatanas. Elas são encontradas em embriões de peixe e mais tarde se desenvolvem nas fibras ósseas dos peixes adultos.
"Concluímos que não há (genes) equivalentes nos membros dos animais (quadrúpedes), o que sugere que eles podem ter se perdido na evolução", explicou a cientista.
Para confirmar a descoberta, os pesquisadores procuraram - e encontraram - a mesma família de genes no genoma de tubarões-elefante, uma espécie de peixe bastante primitiva.
Isso sugere que "uma família antiga desses genes persiste (no tubarão-elefante e também em vários peixes ósseos) e foi perdida quando eles evoluíram" para animais de quatro patas, afirmou Akimenko.
Recriando a evolução O desenvolvimento de embriões pode gerar importantes pistas genéticas e moleculares sobre a evolução. Acredita-se que muitas das mudanças encontradas no início do desenvolvimento espelhem mudanças evolutivas.
Neste estudo, a equipe de cientistas conseguiu manipular o desenvolvimento do peixe-zebra para estudar essas mudanças mais detalhadamente.
Os cientistas desativaram os genes recém descobertos em um embrião que estava se desenvolvendo. Ao fazer isso, descobriram que o peixe desenvolveu barbatanas mais curtas e "trucadas", sem qualquer fibra óssea.
A perda dessas fibras, afirmam os cientistas, foi um momento chave na evolução da barbatana para membros.
Os pesquisadores então compararam o desenvolvimento de embriões de peixes-zebra normais e embriões de camundongos.
"Quando comparamos o desenvolvimento da barbatana e dos membros, os primeiros passos são muito semelhantes", disse Akimenko.
"Mas a certa altura, há uma divergência, que está relacionada com o momento em que esses genes começam a se expressar."'Pequena parte' O biólogo aposentado Jonathan Bard, especializado em desenvolvimento e atualmente trabalhando no Departamento de Fisiologia, Anatomia e Genética da Universidade de Oxford, afirmou que as conclusões do estudo são uma parte muito pequena da história evolutiva.
Segundo ele, a descoberta ainda não traz pistas sobre a formação de dedos - "como as largas barbatanas, cheias de fibras ósseas, dos peixes, se transformaram nos oito dedos das mãos e na placa dos pés dos primeiros quadrúpedes?".
"Falando em geral", disse ele, "centenas de milhões de anos separam a divisão evolutiva entre os peixes e os camundongos".
"É um estudo interessante... e será interessante ver o que (os pesquisadores) vão fazer em seguida", acrescentou.
Os pesquisadores identificaram dois novos genes que têm papel importante na formação de barbatanas, e acreditam que a perda desses genes pode ter sido um "passo importante" na transformação evolucionária de barbatanas em membros.
A pesquisadora chefe, Marie-Andrée Akimenko, e sua equipe começaram o estudo analisando o desenvolvimento de embriões do peixe conhecido como Paulistinha ou peixe-zebra. Eles descobriram dois genes que seriam o código para a formação de proteínas importantes na estrutura das barbatanas.
Essas proteínas são componentes de fibras presentes nas barbatanas. Elas são encontradas em embriões de peixe e mais tarde se desenvolvem nas fibras ósseas dos peixes adultos.
"Concluímos que não há (genes) equivalentes nos membros dos animais (quadrúpedes), o que sugere que eles podem ter se perdido na evolução", explicou a cientista.
Para confirmar a descoberta, os pesquisadores procuraram - e encontraram - a mesma família de genes no genoma de tubarões-elefante, uma espécie de peixe bastante primitiva.
Isso sugere que "uma família antiga desses genes persiste (no tubarão-elefante e também em vários peixes ósseos) e foi perdida quando eles evoluíram" para animais de quatro patas, afirmou Akimenko.
Recriando a evolução O desenvolvimento de embriões pode gerar importantes pistas genéticas e moleculares sobre a evolução. Acredita-se que muitas das mudanças encontradas no início do desenvolvimento espelhem mudanças evolutivas.
Neste estudo, a equipe de cientistas conseguiu manipular o desenvolvimento do peixe-zebra para estudar essas mudanças mais detalhadamente.
Os cientistas desativaram os genes recém descobertos em um embrião que estava se desenvolvendo. Ao fazer isso, descobriram que o peixe desenvolveu barbatanas mais curtas e "trucadas", sem qualquer fibra óssea.
A perda dessas fibras, afirmam os cientistas, foi um momento chave na evolução da barbatana para membros.
Os pesquisadores então compararam o desenvolvimento de embriões de peixes-zebra normais e embriões de camundongos.
"Quando comparamos o desenvolvimento da barbatana e dos membros, os primeiros passos são muito semelhantes", disse Akimenko.
"Mas a certa altura, há uma divergência, que está relacionada com o momento em que esses genes começam a se expressar."'Pequena parte' O biólogo aposentado Jonathan Bard, especializado em desenvolvimento e atualmente trabalhando no Departamento de Fisiologia, Anatomia e Genética da Universidade de Oxford, afirmou que as conclusões do estudo são uma parte muito pequena da história evolutiva.
Segundo ele, a descoberta ainda não traz pistas sobre a formação de dedos - "como as largas barbatanas, cheias de fibras ósseas, dos peixes, se transformaram nos oito dedos das mãos e na placa dos pés dos primeiros quadrúpedes?".
"Falando em geral", disse ele, "centenas de milhões de anos separam a divisão evolutiva entre os peixes e os camundongos".
"É um estudo interessante... e será interessante ver o que (os pesquisadores) vão fazer em seguida", acrescentou.
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