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Cadela militar com estresse pós-traumático se recupera nos EUA

05/08/2010 06h16

Uma cadela do Exército americano está recebendo tratamento para estresse pós-traumático depois de cinco meses em missão no Iraque, onde ela participava de buscas de bombas e narcóticos.

Um veterinário diagnosticou a doença de Gina, que, segundo especialistas, pode afetar animais de modo muito similar ao que afeta humanos.

A cachorra de quatro anos de idade voltou há um ano para a base Peterson da Força Aérea, no Estado do Colorado, amedrontada, nervosa e arisca.

Mas segundo o chefe do canil da base, o sargento Eric Haynes, ela já está praticamente recuperada. Haynes, que cuida de cerca de 18 cachorros na base militar, disse que quando ela voltou, "estava perturbada, não queria ver ninguém".

“Nervosa”
“Ela não passava por portas da frente, não queria entrar em edifícios. Ela tinha medo de tudo”, afirmou. O estresse pós-traumático - que os militares caracterizam como uma condição psicológica que se desenvolve depois de um evento traumático, que pode envolver ameaça de morte - não foi pesquisado tão extensamente em animais como em humanos, mas alguns especialistas afirmam que os bichos também podem sofrer com a desordem, definida pela severa ansiedade.

Gina apresentava esses sintomas até há alguns meses. O sargento Haynes afirma que, ao retornar do Iraque, ela frequentemente se agachava perto do chão e travava as pernas. Ela também tinha medo de sons altos e costumava virar a cabeça para ver se algo, ou alguém, a seguia.

Mas segundo o sargento, a cadela já melhorou bastante e está praticamente recuperada. “A recuperação veio com o tempo", disse Haynes. "Ela estava bem mal. Você não quer ver ninguém sofrendo assim, nem gente, nem cachorros."

Várias guloseimas, passeios pela base, interação com estranhos e a lenta reintrodução de barulhos ajudaram a recuperar a confiança da cadela, afirmou o sargento.

Segundo Haynes, ela fez bastante progresso, está feliz, sociável e brinca. Ela voltou a trabalhar e não tem mais medo de pessoas ou barulhos.

Mas é pouco provável que Gina retome sua missão no Iraque pelos próximos dois anos, pelo menos, disse o sargento. "Não queremos apressá-la", disse ele. "Se formos muito longe, muito rápido, vamos voltar ao início do processo."