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Cratera gigante é identificada na Lua pela primeira vez em 100 anos

Nicolas Armer/ EFE
Imagem: Nicolas Armer/ EFE

20/03/2015 07h14

Uma cratera de 200 quilômetros de diâmetro foi descoberta na Lua por uma sonda da Nasa e identificada por pesquisadores americanos, que apresentaram os dados durante um recente encontro científico no Texas (EUA).

"Eu diria que essa é a primeira descoberta de uma nova cratera lunar em um ou dois séculos", afirmou Jay Melosh, um dos pesquisadores do projeto. "Provavelmente, ela foi formada antes do Mare Serenitatis (um mar lunar onde há uma cratera), ou seja, há mais de 3 milhões de anos. Mas ficou cobertos por restos da formação desse mar, que também destruíram a borda da cratera."

"Ninguém antes reconheceu essa cratera, justamente por sua borda quebrada. E nós mesmos não teríamos reconhecido se não fosse pela gravidade ali, que mostra claramente uma grande anomalia circular", completou.

A descoberta foi feita quando os pesquisadores procuravam evidências da existência de estruturas ocas abaixo da superfície da Lua, conhecidas como tubos de lava ou cavernas vulcânicas.

A sonda da Nasa mediu as variações na aceleração da gravidade, obtendo assim uma ideia aproximada dessa estrutura interna da lua.  Isso porque, dependendo da topografia da área, há uma aceleração de gravidade diferente.

Segundo Melosh, a cratera, que foi batizada de Amelia Earhart, em homenagem à primeira mulher que fez um voo solo no Oceano Atlântico, esteve ali todos esses anos, mas ninguém a reconhecia porque não havia estes dados sobre o campo de gravidade.

Agora os cientistas acreditam que poderia haver outras 12 crateras, cujas marcas, no entanto, foram eliminadas pelos impactos dos mares ou pelas partículas expelidas por crateras maiores.