O fenômeno do eclipse solar que começou na quarta-feira e terminou no dia anterior

Não é que o mundo esteja girando ao contrário, mas a sombra da Lua começou a se projetar primeiramente nesta quarta-feira sobre regiões do Pacífico, sobretudo no oeste da Indonésia, e logo cruzou a linha internacional de data, o marco imaginário que coincide com o meridiano 180°, onde ainda era terça-feira.

De qualquer maneira, foi um eclipse solar total, fenômeno astronômico que não ocorre com frequência. O mais recente ocorreu em março de 2015 - antes disso, houve um registro em novembro de 2012.

Os cidadãos de algumas partes da Indonésia foram os sortudos que desta vez puderam apreciar plenamente esse fenômeno que ocorre quando a Lua se interpõe entre a Terra e o Sol.
Isso faz com que o Sol projete uma faixa de sombra de 100 a 150 km de largura sobre a superfície terrestre.

Nessa ocasião também é possível apreciar, da Terra, a chamada coroa solar, jatos que parecem se projetar atrás da Lua.

Em regiões da Austrália, do sul da China e do sudeste da Ásia, bem como no Havaí e no Alasca, também foi possível ver um eclipse parcial do Sol, como se faltasse um pedaço dessa estrela.

Segundo a Nasa (agência espacial americana), o eclipse deveria durar três horas, mas o período depende da localização do observador.
Lugares onde o eclipse foi visto ficaram totalmente às escuras entre 90 segundos e 4 minutos.

Quem não estava nas regiões do eclipse tinha a possibilidade de acessar a página da Nasa na internet, que transmitiu o fenômeno ao vivo, visto desde a Micronésia.
Oportunidade científica

Pesquisadores da Nasa aproveitaram o eclipse para estudar a física do Sol.

Desde a Indonésia, usaram um instrumento chamado câmera de polarização para captar 59 exposições do Sol em três minutos, com o objetivo de recolher dados sobre a parte inferior da atmosfera solar, que é mais quente do que a superfície do astro.

Essa área pode ser vista durante os eclipses totais do Sol, quando a superfície brilhante desse astro está totalmente bloqueada pela Lua.

Especialistas consideram que a parte inferior da atmosfera do Sol, a coroa, contém a chave de vários mistérios, incluindo a formação de nuvens explosivas de material solar, conhecidas como ejeções de massa coronal, e o fato de a coroa ser mais quente do que a superfície solar. "A física interessante está na atmosfera do Sol", disse Nelson Reginald, do Centro de Voos Espaciais Goddard, em Maryland, nos EUA.

Receba notícias do UOL. É grátis!

UOL Newsletter

Para começar e terminar o dia bem informado.

Quero Receber

UOL Cursos Online

Todos os cursos