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'Pescar', puxar e empurrar: os planos dos cientistas para 'recolher' o lixo espacial

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28/11/2016 20h53

Desde o início da exploração espacial nos anos de 1950, toneladas de lixo espacial estão se acumulando na órbita da Terra.

Para resolver o problema, cientistas planejam enviar ao espaço no ano que vem uma nave criada para testar maneiras de se livrar desses detritos.

Pesquisadores da Universidade de Southampton, no Reino Unido, monitoram o lixo espacial na órbita terrestre. Eles estimam que haja cerca de 22 mil pedaços com tamanho superior a 10 centímetros.

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Detritos menores, porém, chegam à casa dos milhões.

O lixo espacial é formado em geral por partes e componentes de satélites, foguetes e naves descartados durante missões espaciais.

A nave que será colocada em órbita no ano que vem testará maneiras de limpar esse lixo. Ela vai usar uma rede e um arpão para capturar esses destroços.

Vai usar ainda uma vela para tentar forçar grandes destroços a entrar na atmosfera - onde são destruídos pela alta temperatura de reentrada.

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Mas haverá outras dificuldades a superar - a principal delas deve ser o financiamento dessas missões.

Cientistas estimam que custará milhões para retirar um único detrito.

Além disso, eles não podem, por questões legais, capturar lixo espacial aleatoriamente - para recolher um satélite obsoleto, por exemplo, é preciso que o país responsável por ele concorde com isso.

Mas os pesquisadores alertam que, se nada for feito em relação ao problema, será impossível manter satélites ou operar no espaço no futuro.