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Uma em cada 5 mulheres sofre abusos sexuais antes dos 15 anos

07/03/2007 14h56

Genebra, 7 mar (EFE).- Uma em cada cinco mulheres diz ter sofrido abusos sexuais antes dos 15 anos, e 74% das pessoas que tinham o vírus da aids na África Subsaariana em 2006 eram mulheres, informou hoje a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Por ocasião da comemoração amanhã do Dia Internacional da Mulher, a diretora da OMS, Margaret Chan, afirmou em comunicado que meio milhão de mulheres morrem a cada ano por causa de complicações na gravidez ou no parto, número que não diminuiu nos últimos 20 anos.

A organização da ONU afirmou que a pobreza é responsável pela maioria das mortes que poderiam ser evitadas, e que costuma estar relacionada a altas taxas de mortalidade materno-infantil e doenças infecciosas.

Além disso, mulheres de todo o mundo são vítimas da violência física e sexual, assim como de todo tipo de discriminação. Segundo a OMS, essas agressões têm "conseqüências terríveis para a saúde" das mulheres, por isso pediu que esses crimes não fiquem impunes.

O Dia Internacional da Mulher deste ano é celebrado sob o lema "Ponto final à impunidade da violência contra as mulheres e as meninas".

Chan mostrou-se convencida de que "as mulheres têm papel-chave na melhora da saúde como agentes de mudança dentro das famílias e das comunidades", e disse que "investir nas mulheres e em sua saúde significa investir no progresso da humanidade".

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) ressaltou hoje, também em comunicado, a especial atenção que as mulheres deslocadas merecem, pois não só têm que abandonar seus lares, mas também "assumir papéis pouco freqüentes, como transformar-se no principal sustento da família".

O CICV disse que, apesar das profundas repercussões físicas, psicológicas, sociais e econômicas causadas pelo deslocamento, "incontáveis mulheres mostram uma grande força para garantir sua própria sobrevivência e a de sua família".

Para o CICV, é necessário que as organizações humanitárias e seus Governos cooperem para proteger tanto as mulheres que permanecem em suas aldeias apesar dos conflitos como as que fogem, assim como para facilitar o retorno dessas últimas.