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Mulher branca processa clínica de fertilização após ter filha negra

23/03/2007 10h23

Nova York, 22 mar (EFE).- O casal nova-iorquino Thomas Andrews e sua mulher Nancy, denunciou uma clínica de fertilização de Manhattan, após ter tido uma filha de raça negra, apesar de não serem negros.

O casal, segundo informa hoje o jornal "Daily News", tem uma filha anterior, de raça branca, nascida em 2002, mas decidiu apelar para uma clínica especializada, a New York Medical Services for Reproductive Medicine, diante dos problemas para conceber um segundo filho.

Apesar de Nancy Andrews, de origem dominicana, ter ficado grávida em breve, o casal não se deu conta do "erro" da clínica até que em outubro de 2004 deu à luz uma menina com traços afro-americanos, de pele muito mais escura que a de seus pais, segundo consta no processo citada pelo jornal.

O erro ficou comprovado quando o pai, de raça branca, se submeteu a vários testes de paternidade, que determinaram que a pequena não levava seu DNA, o que revela que sua mulher foi fertilizada com o sêmen de outro homem.

"Nós nos submetemos a um procedimento médico muito complexo só para ter um filho próprio. Nunca fomos informados que isto podia acontecer", afirma o casal no processo.

Apesar de asseguram que amam sua filha, confessam que cada vez que a olham lembram o terrível erro cometido pela clínica.

"Tememos que nossa filha seja alvo de chacotas de outras crianças no colégio e quando cresce", explicam.

Segundo indica "The Daily News", a juíza da Corte Suprema Sheila Abdus-Salaam admitiu o trâmite do processo, embora tenha rejeitado algumas das partes da petição inicial, como a que alega o dano mental sofrido pelos pais.

Reconhece, no entanto, que pôde ter havido negligência por parte da clínica ao ter inseminado a mulher com sêmen errado, por isso que dará continuidade ao processo.