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Estudo revela impacto negativo da diabetes na memória

09/04/2007 19h32

Washington, 9 abr (EFE).- Um estudo divulgado hoje pela revista "Archives of Neurology" assegura que os diabéticos correm maior perigo de sofrer um desequilíbrio da memória que pode levar ao mal de Alzheimer.

Segundo os pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Colúmbia, essa conseqüência da diabetes é uma razão a mais para intensificar os esforços por prevenir o Alzheimer, uma doença neuro-degenerativa e incurável que afeta cerca de 28 milhões de pessoas no mundo todo.

Só nos Estados Unidos há quase 21 milhões de pessoas que sofrem de diabetes, em sua maioria do tipo 2, que se manifesta na idade adulta.

Os cientistas chegaram a essa conclusão após analisar os casos de 918 idosos de 65 anos que tinham fatores de risco cardíaco, mas não de demência ou perda de memória ao começar o estudo nos primeiros anos da década do 90.

Os voluntários foram submetidos a testes físicas, neurológicos e de perda de memória a cada 18 meses e 23,9% deles já sofria de diabetes.

Durante um lapso de seis anos 334 desenvolveram problemas de perda da memória, incluindo 160 casos de desequilíbrio amnésico vinculado ao mal de Alzheimer.

Segundo os cientistas, os diabéticos mostraram um maior risco de declinação da memória, especialmente a do tipo amnésico que tem a ver em maior medida com a capacidade de lembrar certas coisas mais que com a desorientação ou as dificuldades da linguagem.

"Nossos resultados constituem uma confirmação do papel potencialmente importante e independente que a diabetes tem sobre a patogênese da doença de Alzheimber", assinalaram os cientistas do Centro Médico da Universidade de Colúmbia.