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Especialistas ressaltam perigo de fraturas ligadas à oesteoporose

07/05/2007 17h24

Copenhague, 7 mai (EFE).- Especialistas reunidos hoje em Copenhague, no XXXIV Simpósio da Sociedade Européia de Tecidos Calcificados (ECTS), destacaram a importância de diagnosticar as fraturas vertebrais para averiguar se estão relacionadas com a osteoporoses, e prevenir o risco de futuros rompimentos.

A presidente da Sociedade Espanhola de Pesquisa Óssea e Metabolismo Mineral (Seiomm), Nuria Guañabens, disse à Efe que este tipo de fratura é pouco diagnosticada -uma de cada três- e muitas vezes passa despercebida, motivo pelo qual um grande número de pacientes permanece sem se tratar.

Segundo diversos estudos internacionais, nos Estados Unidos e Europa, cerca de 30% das mulheres que já passaram da menopausa sofrem desta doença, caracterizada pela perda de tecido ósseo, assim como um de cada cinco homens maiores de 50 anos.

Guañabens, chefe do departamento de Reumatologia do Hospital Clínico da Universidade de Barcelona, e que participa do congresso, ressaltou que sofrer uma fratura vertebral osteoporótica aumenta em até 4 vezes o risco relativo de sofrer outra.

Uma análise comparativa entre os cinco países europeus de maior população, elaborado pela firma médica Nycomed e divulgado hoje, revela que a Espanha lidera o tratamento com hormônios paratireodiano (PTH) dos pacientes com osteoporoses.

Na Espanha, 4,69% das mulheres que sofreram duas fraturas vertebrais recebem o tratamento, contra 1,96% da França, 1,64% da Itália, 1,04% da Alemanha e 0,24% do Reino Unido.

No caso das mulheres que sofreram fratura osteoporótica, a percentagem na Espanha cai para 1,49%, contra 0,08% do Reino Unido.

O PTH, que modifica a estrutura óssea, é um tratamento empregado quando existe alto risco de fraturas vertebrais, onde se mostra extremamente eficaz, explicou Guañabens.

Segundo a análise de Nycomed, produtora de um dos PTHs comercializados, apenas 30 mil dos quase 2 milhões de pessoas que sofreram fraturas por essa doença nos cinco países estudados recebem este tipo de tratamento.

Os custos anuais diretos na Europa por fraturas osteoporóticas chegam a € 31,7 bilhões em 2000, e espera-se que o número aumente para &?8364 76,7 bilhões em 2050, de acordo com os dados divulgados no congresso.