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Venda de software pirata na China cai em empresas mas continua alta nas casas

14/05/2007 12h08

Pequim, 14 mai (EFE).- O volume de software pirata vendido naChina caiu para 24% do total da indústria em 2006, e registrou umanotável queda entre empresas e um nível alto entre os usuários,cujas compras de programas falsos chegaram a 78% do total, informouhoje a agência estatal "Xinhua", embora haja dúvidas se os númerosoficiais confundem software livre com pirataria.

O Departamento de Propriedade Intelectual apresentou a "Pesquisade Pirataria do Software na China em 2006", e apontou que o volumede vendas de software pirata caiu dois pontos percentuais desde oano passado.

Segundo o estudo, a percentagem de software pirata vendido paraempresas e instituições caiu de 48% para 39% do total do materialcomercializado, a maior queda em 2006.

No entanto, os programas piratas se mantêm em alta entre osusuários particulares, com ligeira queda de 80% em 2005 para 78% dototal.

O relatório é baseado nos dados fornecidos pela ChinaLab, uminstituto de pesquisa de internet que atribuiu a leve queda ao fortecrescimento do software livre, à campanha antipirataria do Governochinês e ao desenvolvimento das companhias domésticas de tecnologiada informação, que cada vez produzem melhor e mais barato.

Em 2006, a Administração Nacional de Direitos de PropriedadeIntelectual da China incorporou em seu registro 22.432 novosprogramas, 26% a mais que no ano anterior - o auge do setor.

Ye Xiumin, pesquisadora da ChinaLab, lembrou que os dados dorelatório contrastam com os números fornecidos por organizaçõesinternacionais. Para ela, confunde-se software livre com softwarepirata, e assim inflam a presença da pirataria no mercado chinês.

Ela citou um estudo apresentado pela Aliança de Empresários deSoftware em 2003, que situou o índice de pirataria em 92%,contabilizando o software livre como pirata.

Segundo os últimos dados do Gabinete Estatal de PropriedadeIntelectual, as autoridades chinesas de confiscaram mais de 73milhões de produtos pirateados em 2006, na campanha contra apirataria instigado por países como os Estados Unidos. O alvo incluimais de 18 milhões de livros, 1 milhão de publicações periódicas, 48milhões de produtos audiovisuais, 2 milhões de publicaçõeseletrônicas e 3,79 milhões de discos de software.