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Líderes do G8 iniciam cúpula entre divergências e protestos

06/06/2007 02h51

Heiligendamm (Alemanha), 6 jun (EFE).- Os líderes do G8, o grupo dos sete países mais industrializados e mais a Rússia, iniciam hoje uma cúpula sob protestos de grupos antiglobalização e em meio a disputas internas sobre a luta contra a mudança climática e a oposição russa ao escudo antimísseis dos Estados Unidos.

A reunião começa hoje com um jantar informal. Mas antes haverá um almoço de trabalho entre dois dos protagonistas: a chanceler federal alemã, Angela Merkel, que ocupa a Presidência do G8, e o presidente americano, George W. Bush.

Angela Merkel tenta chegar a um acordo com Bush sobre a mudança climática. Os EUA se opõem a um compromisso para a redução de emissões de CO2 e a um sistema de compra e venda de direitos de emissões.

A discussão entre Merkel e Bush pode definir o nível de progresso que poderá ser atingido na área ambiental na cúpula de Heiligendamm.

O presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, dará hoje uma entrevista coletiva no início da tarde, dizendo o que espera da cúpula.

A reunião deve renovar o compromisso com a ajuda ao desenvolvimento da África, além de um incentivo político à retomada da Rodada de Doha para a liberalização do comércio internacional. O objetivo é concluir as negociações até o fim do ano.

No entanto, o presidente russo, Vladimir Putin, roubou a cena com as suas advertências de que a Rússia pode apontar seus mísseis para a Europa, caso os EUA mantenham os seus planos de montar elementos de seu escudo antimísseis na Europa central e oriental.

A cúpula de Heiligendamm será marcada também pelos protestos contra o G8.

As manifestações contra a reunião se concentram na cidade vizinha de Rostock. Os manifestantes podem tentar se aproximar do perímetro de segurança estabelecido em torno do local das reuniões.