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EUA dizem que acordo do G8 irá apenar "orientar" emissão de gases estufa

07/06/2007 18h32

Heiligendamm, 7 jun (EFE).- Os Estados Unidos informaram, nesta quinta-feira, que o acordo sobre mudança climática, firmado pelo Grupo dos Sete Países Mais Desenvolvidos e a Rússia (G8), servirá apenas para "orientar" as emissões de gases de efeito estufa, e não estabelecer limites.

Assim afirmou o conselheiro de Segurança Nacional americano, Stephen Hadley, ao comentar o acordo.

Ao anunciar o pacto, a chanceler alemã, Angela Merkel, disse que o documento retira "explicitamente" o objetivo de reduzir as emissões em 50% até 2050.

Segundo Hadley, o acordo inclui "propostas de objetivos a longo prazo da União Européia, do Japão e do Canadá.

Segundo Hadley, não foi selecionada uma meta oficial, entre todas as propostas, uma vez que "nem todos os principais países" estão sentados à mesa.

As oito nações concordaram que é necessário estabelecer uma meta para o fim das emissões de dióxido de carbono a longo prazo, mas sem definir qual deve ser, explicou Hadley.

Essa posição havia sido explicitada pelo presidente americano, George W. Bush, em discurso realizado na semana passada, antes de viajar para Heiligendamm.

Os Estados Unidos aceitaram que as negociações com outros 14 países - que terão início no terceiro trimestre - sejam integradas no processo da ONU. O organismo multilateral começará, no fim do ano, as conversas para estabelecer um pacto que substitua o Protocolo de Kyoto, que vence em 2012.

Ao anunciar sua proposta, na semana passada, Bush não mencionou as Nações Unidas.

Os EUA desejam que, até o fim de 2008, os 15 países determinem uma meta de emissões para 2050, quando termina o mandato de Bush.

"O presidente gostaria de obter esses resultados o mais rápido possível", disse Hadley, alertando que é difícil chegar a um acordo quando há muitas partes envolvidas na negociação.

O conselheiro de Segurança Nacional também destacou que o documento do G8 enfatiza o desenvolvimento tecnológico, o aumento dos investimentos e a eliminação das barreiras alfandegárias que impedem a distribuição de tecnologias "limpas". Estas propostas já eram defendidas anteriormente pelos EUA.