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Estudo afirma que dietas têm pequenos resultados e todos parecidos

02/07/2007 22h51

Washington, 2 jul (EFE).- Quase todas as dietas têm o mesmo resultado e nenhum é permanente na luta contra a obesidade, um problema que poderia ter como uma de suas causas principais o estresse, segundo revelaram dois estudos divulgados nesta segunda-feira.

Em um relatório publicado pela revista "Annals of Internal Medicine", o doutor Michael Dansinger, do Centro Médico Tufts da Nova Inglaterra, em Boston, assinalou que qualquer dieta consegue fazer que uma pessoa perca entre três e cinco quilos de seu peso.

Mas, irremediavelmente na maioria dos casos, esses quilos voltam no prazo de cinco anos, indicou.

O mesmo acontece com os remédios produzidos para promover a perda de peso, os quais não são efetivos em última instância, acrescentou.

Mas nem tudo é tão mau como parece e quando se consegue uma redução de peso, embora seja modesta durante um período superior aos cinco anos, esta se mantém com grandes benefícios para a saúde e a prevenção do diabetes.

O problema da obesidade é considerado uma epidemia nos Estados Unidos onde cerca de 60% da população tem excesso de peso.

Segundo estudos dos Institutos Nacionais da Saúde, a obesidade é a principal causa de várias doenças além do diabetes, entre elas as cardiovasculares e alguns tipos de câncer.

Paralelamente, outro estudo publicado pela revista "Nature Medicine" revelou que um grupo de cientistas descobriu um mecanismo biológico da obesidade ativado pelas tensões psicológicas.

A descoberta foi feita em ratos de laboratório que revelaram um grande aumento de peso, após as cobaias terem sido submetidas a uma intensa pressão psicológica ao mesmo tempo em que se administrava uma dieta de alto nível calórico.

Mary F. Dallman, professora de fisiologia da Universidade da Califórnia, disse em artigo que acompanha o estudo que as pressões às quais uma pessoa é submetida e a existência de alimentos de alto nível calórico explicariam a crise da epidemia de obesidade vivida pelo país.

Como no caso das dietas com resultados decepcionantes na maioria dos casos, também no descobrimento do estresse como fator de obesidade, há um aspecto positivo.

Os pesquisadores do Departamento de Fisiologia e Biofísica da Universidade de Georgetown, disseram que ao se bloquear os sinais desse mecanismo ativado pelo estresse, pode-se prevenir o acúmulo de gordura em certas partes do corpo ou aumentá-lo em outros.

Isto abre um novo campo de enorme importância cosmética e com ele poderia ser eliminada gordura e moldá-la em lugares "estratégicos" do corpo de uma pessoa.

"Isto poderia ser revolucionário", disse Zogia Zukowska, bióloga da Universidade de Georgetown que conduziu a pesquisa.