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ONU e empresas dizem que China deve ser mais ativa contra mudança climática

Da EFE, em Genebra

06/07/2007 13h44

Representantes das Nações Unidas e do empresariado chinês afirmaram hoje que a China e especialmente o setor privado que faz negócios nesse país precisam assumir um papel mais ativo no desafio representado pela mudança climática, no qual o gigante asiático passou a ter um papel fundamental.

A China se transformou no maior emissor mundial de dióxido de carbono, principal gás responsável pelo aquecimento global, segundo um relatório divulgado esta semana pelas autoridades ambientais holandesas.

Os empresários chineses participam com a delegação mais numerosa - um total de 120 integrantes - da cúpula do Global Compact, também chamada Pacto Mundial, que termina hoje em Genebra e reúne cerca de mil líderes e diretores de empresas de todo o mundo.

Entre as empresas representadas se encontram várias das multinacionais mais poderosas do planeta, que se comprometeram voluntariamente com uma série princípios sociais, ambientais e de direitos humanos estabelecidos pela ONU em 2000.

Representantes chineses e da ONU, que participaram de uma reunião sobre a maneira de enfrentar a mudança climática na China, afirmaram que esse fenômeno deve se transformar em uma das prioridades de Pequim em matéria de desenvolvimento.

A potência econômica e comercial asiática observa com espetacular rapidez os efeitos da mudança climática, que a cada ano provoca o desaparecimento de 7% da superfície de suas geleiras, segundo a Academia de Ciência da China.

O organismo advertiu ainda que as geleiras mais altas do país perdem anualmente o equivalente a toda a água do rio Amarelo (norte da China), enquanto as do Tibete, que são a fonte principal do rio Yangtze, podem perder até dois terços de seu volume até o fim deste século.

Se isso acontecer, pelo menos 300 milhões de pessoas que dependem de água das geleiras para sua sobrevivência seriam afetadas.

"Um meio ambiente limpo é um direito básico e devemos fazer o possível para protegê-lo", disse o coordenador da ONU na China, Khalid Malik.

O ex-presidente e atual assessor da companhia petrolífera chinesa Sinopec, Wang Jinming, reconheceu que "a proteção meio ambiental e o desenvolvimento sustentável é um dever das empresas".