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Agências da ONU pedem aumento da vigilância sobre alimentos

Da EFE, em Genebra

19/07/2007 15h54

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) pediram hoje a todos os países que reforcem seus sistemas de segurança alimentar, e vigiem mais de perto produtores e comerciantes.

As organizações estudaram, no último ano, uma média de 200 incidentes ao mês relacionados com a segurança alimentar no mundo todo.

Em comunicado conjunto, a OMS e a FAO asseguram que tais incidentes freqüentemente se devem à falta de conhecimento sobre os requisitos em matéria de segurança alimentar, assim como ao uso ilegal ou fraudulento de determinados ingredientes ou aditivos.

"A segurança alimentar é um assunto que concerne a cada país e, em última instância, a cada consumidor; portanto, todas as nações podem se beneficiar de medidas mais estritas que ajudem a eliminar as deficiências existentes na longa viagem dos alimentos da fazenda até a mesa", disse o diretor do departamento da OMS sobre Segurança Alimentar, Jørgen Schlundt.

A diretora da divisão da FAO para a Nutrição e Defesa do Consumidor, Ezzeddine Boutrif, acrescentou que "os consumidores têm direito de estar informados sobre os possíveis riscos dos alimentos, e se proteger deles".

As agências da ONU lembraram que só a diarréia, doença relacionada ao consumo de alimentos ou água contaminadas, causa a morte de cerca de 1,8 milhão de crianças a cada ano no mundo todo.

As agências pediram à comunidade internacional que aumente seus esforços, e que leve em conta os desafios que devem ser enfrentados pelos países em desenvolvimento, como o crescimento demográfico, as remodelações nas dietas alimentares, a intensificação e a industrialização da produção agrícola e a mudança climática.

"As legislações vão ficando obsoletas ou incompletas diante de tantas mudanças, ao tempo que a responsabilidade sobre a segurança alimentar e os controles necessários fica diluída entre muitas instituições", lamentaram a OMS e a FAO.