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Templos indianos aderem à energia solar para reduzir as emissões de carbono

Da Efe, em Dova Délhi

24/07/2007 08h40

Vários templos hindus da Índia optaram por utilizar a energia solar para reduzir as emissões de carbono e contribuir para o cumprimento do protocolo de Kioto, informou nesta terça-feira uma das companhias envolvidas no projeto.

Entre os que aderiram à iniciativa estão o templo de Sringeri Math, da região de Karnataka (sudoeste), e o de Kalahasti, do estado de Andhra (sudeste), que alimentam diariamente milhares de pessoas e substituíram os velhos fogões de gasóleo por fogões solares.

O programa terá participação da empresa Solar Energy Systems, cujo diretor, Deepak Gadhia, destacou que "o projeto é pequeno, mas de grande importância social".

Além dos templos, o Exército de Leh, na Caxemira (norte), e uma escola de Gujarat (oeste) deverão instalar fogões solares para preparar comida para milhares de pessoas ao dia, seguindo a mesma iniciativa.

"Coletivamente, economizam 5.500 toneladas de emissão de carbono", disse Gadhia, citado pelo jornal "The Times of India".

"A tecnologia foi importada da Alemanha. E permite uma grande economia nas despesas com gasóleo", acrescentou.

Gadhia detalhou que o templo de Sringeri Math economizará 27.500 litros de gasóleo por ano, e o Exército de Leh reduzirá o consumo em 7.280 litros.

Além disso, as instituições terão a oportunidade de aderir ao negócio mundial do carbono, o chamado "mecanismo do desenvolvimento limpo", que permite vender seus "bônus" de carbono.

Os "bônus" de carbono são uma nova possibilidade de financiamento para os países em desenvolvimento, aberta quando o Protocolo de Kioto estabeleceu a obrigação de reduzir as emissões de gases do efeito estufa aos países industrializados.

Se estes não conseguirem reduzir as emissões dentro de suas fronteiras, devem financiar projetos de desenvolvimento limpo em outras nações, que em troca concederão estes "bônus", contabilizados como reduções próprias.

Cada "bônus" equivale a uma tonelada de carbono não emitido ou capturado.

Assim, os templos indianos participantes do projeto economizam o dinheiro que gastariam em toneladas de gasóleo, contribuem com a causa ambiental e têm a possibilidade de ganhar dinheiro se venderem créditos de carbono.