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China e EUA assinarão acordo de cooperação em segurança alimentar

03/08/2007 04h45

Pequim, 3 ago (EFE).- China e Estados Unidos assinarão um memorando de entendimento para a cooperação na segurança alimentar, informou hoje a rede de TV estatal chinesa "CFTV".

O acordo foi fechado numa reunião entre as autoridades chinesas de segurança alimentar e representantes do Departamento de Saúde dos EUA. Entre os temas principais do encontro estavam as exportações chinesas de mariscos.

Pequim se propõe a "respeitar a verdade e resolver os problemas através do diálogo", disse o vice-ministro de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena, Wei Chuanzhong.

As tensões entre os dois países no setor começaram no fim de junho passado. Os EUA bloquearam a entrada de mariscos criados em fazendas chinesas por suspeitar que eles continham agentes químicos cancerígenos.

Como resposta, o Governo chinês proibiu a importação de produtos de sete empresas de alimentação americanas, entre elas a maior produtora de derivados de carne do mundo, alegando que eram tóxicos.

Meses antes, vários animais de estimação morreram nos EUA, após ingerir comida para cachorros e gatos importada da China e contaminada.

O Governo chinês acredita que seus maiores parceiros comerciais estão usando a segurança alimentar como pretexto para estabelecer medidas protecionistas, segundo o jornal independente "South China Morning Post", de Hong Kong.

O ministro do Comércio, Bo Xilai, declarou que "mais de 99% dos produtos exportados pela China têm boa qualidade e são seguros". Foi uma reação à retirada do mercado de 1,5 milhão de brinquedos da americana Fisher-Price feitos na China.

Para o vice-ministro de comércio, Gao Hucheng, o problema da segurança dos produtos chineses é "outra forma de protecionismo e uma variação do argumento da 'ameaça chinesa' aos países ociedentais".

No Panamá, mais de 100 pessoas morreram por consumir remédios que continham o tóxico dietilenoglicol, procedentes da China. O mesmo componente apareceu em pastas de dentes em vários países.

O Ministério da Saúde da China proibiu ontem a importação da marca de produtos de higiene e cosmética alemã Bubchen.