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Mesmo uma pequena barriga pode indicar risco de problema cardiovascular

Da Efe, em Washington

14/08/2007 11h05

Os quilos a mais, especialmente na barriga, são um bom medidor do risco crescente de um problema cardiovascular, melhores até que a balança do banheiro, revelou hoje o "Journal of the American College of Cardiology".

Segundo cientistas do Centro Médico da University of Texas Southwestern, os quilos a mais na barriga refletem um risco maior de acumulação de placas nas artérias e no coração, mesmo quando o peso de uma pessoa é normal.

O estudo afirma que quando se trata de doenças cardiovasculares não há melhor remédio que combatê-las com a redução da massa corporal em outros setores, incluindo a celulite.

Os cientistas disseram que a resposta está sempre nas dimensões da barriga e isso é o que deveria preocupar as pessoas.

"Trata-se de uma batalha diária, uma batalha a cada refeição, mas que vale a pena vencer. Embora seja uma pequena barriga, esta representa um risco maior em comparação com uma zona estomacal totalmente lisa", afirma James Lemos, professor de medicina e diretor da Unidade de Cuidados Coronários da universidade.

O estudo analisou um grupo de 2.744 pessoas, que foram submetidas a testes para detectar a presença de placas nas artérias, sinais básicos de um maior risco de problemas cardiovasculares.

O depósito de placas nas veias indica o começo de uma arteriosclerose ou o endurecimento das artérias. A presença pode ser detectada anos antes de a pessoa apresentar dores toráxicas ou um ataque no coração.

Os cientistas descobriram que quanto maior o diâmetro da cintura, a possibilidade de encontrar cálcio nas artérias do coração aumentava.

Ao dividirem os participantes de cinco grupos de acordo com o tamanho da cintura, eles descobriram que os que possuíam uma barriga maior tinham duplicada a chance de ter depósitos de cálcio nas artérias coronárias.

Os cientistas declararam que a relação entre a placa arterial e o diâmetro da cintura foi considerada até em outros fatores de risco como a pressão sangüínea, o diabetes, a idade, o consumo de tabaco e os níveis de colesterol ruim no sangue.