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Estudo mostra que pílulas abortivas não reduzem fertilidade

Da Efe, em Washington

16/08/2007 02h48

As mulheres que já utilizaram uma pílula abortiva não apresentam mais dificuldades para voltar a ficar grávidas, segundo um estudo que será publicado na edição desta quinta-feira da revista médica "New England Journal of Medicine".

O estudo analisou 12 mil mulheres dinamarquesas que tinham se submetido a um aborto de tipo químico ou cirúrgico durante o primeiro trimestre da gravidez. Segundo os pesquisadores, liderados pelo médico Jasveer Virk, não existem diferenças significativas na concepção e evolução do feto entre as mulheres que optaram pelo aborto cirúrgico ou pelo químico.

"Não encontramos provas de que um aborto químico, em comparação com um cirúrgico, aumente a probabilidade de aborto espontâneo, gravidez extra-uterina, parto prematuro ou recém-nascidos com um peso menor que o habitual", dizem os pesquisadores.

Apenas cerca de 2,4% das concepções após um aborto químico davam origem a uma gravidez extra-uterina. Pouco mais de 12% dos casos terminavam em aborto espontâneo, independentemente do tipo de interrupção da gravidez utilizado antes.

No caso dos partos prematuros as possibilidades ficaram entre 5,4% e 6,7%. As chances de o recém-nascido ter um peso menor que o habitual eram de 4% a 5,1%.

Os pesquisadores só levaram em conta a primeira gravidez, posterior ao aborto, das mulheres que fizeram parte do estudo.

Só nos Estados Unidos, cerca de 360 mil mulheres utilizaram a pílula abortiva entre 2000 e 2004. Elas falham apenas em 1 de cada 14 casos, no qual é necessário realizar um aborto de tipo cirúrgico.