Cientistas afirmam ter provas de que parte de leito marítimo ártico é russo
Cientistas da Rússia afirmaram hoje que têm "provas" que confirmam que parte do leito marítimo do Ártico é uma continuação da plataforma continental russa, o que respaldaria as pretensões de Moscou de controlar esse território.
"Obtivemos material suficiente para demonstrar com argumentos que a cordilheira submarina de Lomonossov está conectada à plataforma continental e é uma continuação da periferia continental" da Rússia, assegurou Viktor Posselov, subdiretor do Instituto de Pesquisa Científica de Oceanologia.
Posselov baseia as afirmações no material geofísico recolhido pelos minissubmarinos Mir-1 e Mir-2, que desceram às profundezas do Oceano Glacial Ártico exatamente no Pólo Norte geográfico.
"Com quase toda certeza, a Rússia poderá aumentar sua plataforma continental em 1,2 milhões de quilômetros quadrados, com um potencial de reservas de hidrocarbonetos de pelo menos 9 ou 10 trilhões de toneladas de combustível equivalente de petróleo além da zona econômica de 200 milhas no Oceano Glacial Ártico", disse.
O cientista destacou que o material coletado é "sui generis" e permitirá traçar um mapa geológico, valorizar os recursos energéticos e "fortalecer a posição política e econômica da Rússia".
O diretor do Instituto, Valeri Kaminski, reiterou que a estrutura geológica da cordilheira de Lomonossov é de "tipo continental".
Kaminski ressaltou que o objetivo das investigações é "esclarecer os aspectos mais confusos do texto" apresentado pela Rússia à ONU em 2001 para reivindicar seus direitos no Ártico.
O Convenção da ONU de 1982 estipula que a plataforma continental não é parte do território de um Estado, mas uma zona de status especial.
Segundo o presidente da Associação Internacional de Lei do Mar, Anatoli Kolodkin, "o Estado litorâneo tem direitos exclusivos para explorar os recursos naturais, tais como petróleo e gás, bem como a pesca, dentro dos limites do território em questão".
A Convenção estabelece que a zona econômica de um país pode se estender além das 200 milhas náuticas se a plataforma continental superar esse limite.
A Rússia enviará uma nova expedição ao Círculo Polar Ártico em novembro, para obter mais dados com os quais apoiar suas pretensões.
A expedição terá como destino a cordilheira submarina Lomonossov, que se eleva 3.700 metros desde o fundo do Oceano Glacial Ártico.
Segundo estimativas americanas, a área abrigaria um quarto das reservas mundiais de hidrocarbonetos.
A próxima missão científica russa viajará à zona em um quebra-gelos atômico, mas desta vez utilizará só minissubmarinos não-tripulados.
"Obtivemos material suficiente para demonstrar com argumentos que a cordilheira submarina de Lomonossov está conectada à plataforma continental e é uma continuação da periferia continental" da Rússia, assegurou Viktor Posselov, subdiretor do Instituto de Pesquisa Científica de Oceanologia.
Posselov baseia as afirmações no material geofísico recolhido pelos minissubmarinos Mir-1 e Mir-2, que desceram às profundezas do Oceano Glacial Ártico exatamente no Pólo Norte geográfico.
"Com quase toda certeza, a Rússia poderá aumentar sua plataforma continental em 1,2 milhões de quilômetros quadrados, com um potencial de reservas de hidrocarbonetos de pelo menos 9 ou 10 trilhões de toneladas de combustível equivalente de petróleo além da zona econômica de 200 milhas no Oceano Glacial Ártico", disse.
O cientista destacou que o material coletado é "sui generis" e permitirá traçar um mapa geológico, valorizar os recursos energéticos e "fortalecer a posição política e econômica da Rússia".
O diretor do Instituto, Valeri Kaminski, reiterou que a estrutura geológica da cordilheira de Lomonossov é de "tipo continental".
Kaminski ressaltou que o objetivo das investigações é "esclarecer os aspectos mais confusos do texto" apresentado pela Rússia à ONU em 2001 para reivindicar seus direitos no Ártico.
O Convenção da ONU de 1982 estipula que a plataforma continental não é parte do território de um Estado, mas uma zona de status especial.
Segundo o presidente da Associação Internacional de Lei do Mar, Anatoli Kolodkin, "o Estado litorâneo tem direitos exclusivos para explorar os recursos naturais, tais como petróleo e gás, bem como a pesca, dentro dos limites do território em questão".
A Convenção estabelece que a zona econômica de um país pode se estender além das 200 milhas náuticas se a plataforma continental superar esse limite.
A Rússia enviará uma nova expedição ao Círculo Polar Ártico em novembro, para obter mais dados com os quais apoiar suas pretensões.
A expedição terá como destino a cordilheira submarina Lomonossov, que se eleva 3.700 metros desde o fundo do Oceano Glacial Ártico.
Segundo estimativas americanas, a área abrigaria um quarto das reservas mundiais de hidrocarbonetos.
A próxima missão científica russa viajará à zona em um quebra-gelos atômico, mas desta vez utilizará só minissubmarinos não-tripulados.