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Premier chinês ressalta "dificuldades" na luta contra a mudança climática

Da Efe<br>Em Pequim

27/08/2007 06h31

O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, disse hoje, após seu encontro com a chanceler alemã, Angela Merkel, que a China fará o possível para reduzir seus níveis de poluição e para combater a mudança climática, mas ressaltou que o gigante asiático enfrenta grandes dificuldades para atingir seus objetivos.

"Será extremamente difícil conseguir estes objetivos, mas já mostramos nossa determinação", afirmou o governante chinês, que ressaltou que a China tem, neste terreno, "uma tarefa muito mais difícil que a Alemanha".

Da mesma forma que os grandes países emergentes, como o Brasil e a Índia, a China defende que a principal responsabilidade na luta contra a mudança climática seja dos países desenvolvidos, pois foram suas emissões que causaram o atual aquecimento.

"A China teve responsabilidade pela mudança climática apenas durante os últimos 30 anos, enquanto os países industrializados cresceram rápido nos últimos 200 anos", lembrou o premier.

"Nós enfrentamos a realidade da carga populacional. Mas os chineses, como todo o mundo, desejam céus azuis, colinas verdes e água limpa. Por isso, empenharemos todos nossos esforços", ressaltou.

A China traçou o objetivo de reduzir o consumo energético por unidade do Produto Interno Bruto em 20% (4% por ano) até 2010, mas no ano passado só conseguiu diminuir 1,23%.

Merkel, que chegou ontem a Pequim em sua segunda visita ao país asiático desde que tomou posse, assumiu na cúpula do G8, em junho, a tarefa de conquistar para o combate contra a mudança climática seus colegas do G5, formado pelos cinco maiores países emergentes: Brasil, China, Índia, México e África do Sul.

A viagem da chanceler alemã acontece quatro meses antes da conferência sobre meio ambiente em Bali (Indonésia), na qual se buscará um compromisso internacional vinculativo para reduzir pela metade as emissões de C02 até 2050.