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Cosmonautas da nova expedição à ISS viajam à base de Baikonur

Da Efe<br>Em Moscou

26/03/2008 08h50

Os cosmonautas da nova expedição à Estação Espacial Internacional (ISS) e seus suplentes viajaram hoje à base de Baikonur, de onde a tripulação principal partirá para o espaço em 8 de abril.

Amanhã, os tripulantes da "Soyuz TMA-12", que irão até a ISS, farão provas na nave espacial, que, ainda hoje, será transferida ao posto de abastecimento para ser carregada com combustível e gases comprimidos, segundo agências de notícias russas.

Por motivos de segurança, as tripulações viajaram em aviões separados, o que acontece desde o primeiro vôo do homem ao espaço, informou o Centro de Treinamento de Cosmonautas Yuri Gagarin, da Rússia.

A tripulação principal, formada pelos cosmonautas russos Serguei Volkov e Oleg Kononenko e pela sul-coreana Yi So-yeon, partiu do aeroporto Chkalovski, em Moscou, às 11h (Brasília), e 15 minutos depois fez a viagem o grupo de suplentes, formado pelos russos Oleg Suraev e Maxin Skripochka, e por Ko-San, da Coréia do Sul.

Tradicionalmente, os cosmonautas se despedem de seus familiares na Cidade das Estrelas, próxima a Moscou, porém, recentemente, as esposas e maridos da tripulação têm viajado até a base de Baikonur.

Yi So-yeon, a primeira astronauta sul-coreana, não estará acompanhada de sua família, mas sim por uma delegação oficial de seu país.

Por outro lado, o veterano cosmonauta Serguei Krikaliov, em entrevista publicada hoje pelo jornal russo "Novye Izvestia", afirmou que cada vez menos os russos querem viajar ao espaço.

"Atualmente a prioridade é trabalhar no mundo do espetáculo, e não ocupar-se com tarefas de responsabilidade estatal", disse Krikaliov, de 49 anos, que tem o recorde de permanência total no espaço, com 803 dias, tempo alcançado em vôos diferentes.

Segundo Krikaliov, que tem em seu currículo seis vôos espaciais, a falta de interesse no espaço "é compreensível", pois "praticamente não há nenhum estímulo".

Ele explicou que no período soviético os jovens se sentiam atraídos pelo "prestígio do trabalho e pelos privilégios que os cosmonautas desfrutavam".