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Nasa descobre poderosa máquina de fazer estrelas

11/07/2008 21h18

Washington, 11 jul (EFE).- Uma pesquisa conjunta que usoutelescópios e observatórios espaciais da Nasa descobriu uma fonte deestrelas a 12,3 bilhões de anos luz da Terra, informou hoje aagência espacial americana.

Essa fonte, chamada pela Nasa em seu site de Star-Making Machine(máquina de fazer estrelas, na tradução livre) cria aproximadamentequatro mil estrelas por ano, um número que contrasta com as dezproduzidas pela Via Láctea, está o sistema solar, informou oLaboratório de Propulsão a Jato (JPL) da agência espacial.

A fábrica geradora de estrelas foi descoberta pelo telescópioespacial "Spitzer" depois de ter sido detectada pela primeira vezpelo "Hubble" e por outros observatórios astronômicos terrestres.

Em comunicado, o JPL afirmou que sua existência vai de encontro auma teoria sobre a formação das galáxias que diz que a "fábrica"deve produzir estrelas mediante a absorção de pequenas galáxias deforma lenta e não explosiva como neste caso.

"Esta galáxia está em pleno processo de multiplicação, produzindoa maior parte de suas estrelas, todas ao mesmo tempo", apontou PeterCapak, do Centro Científico Spitzer no Instituto Tecnológico daCalifórnia.

Segundo os cientistas se trata da Galáxia Baby Boom, um termoreferente à onda de nascimentos nos Estados Unidos que caracterizouas duas décadas após o fim da Segunda Guerra Mundial.

As características especiais da Galáxia Baby Boom, que pertence aum tipo de galáxias explosivas (starsbursts), foram determinadaspelo trabalho de vários telescópios que utilizaram diferenteslongitudes de onda.

Os astrônomos afirmam que a um ritmo de produção de entre mil e 4mil estrelas por ano, a galáxia só precisará de 50 milhões de anos(um lapso pequeno em termos astronômicos) para se transformar em umadas maiores do universo.

"A incrível atividade geradora de estrelas que observamos sugereque é possível que estejamos presenciando, pela primeira vez, ageração de uma dos maiores galáxias elípticas do universo", disseNick Scoville, do Instituto Tecnológico da Califórnia.

Scoville é um dos autores do estudo e é investigador do centro deestudos astronômicos Cosmic Evolution Survey.