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Fertilização interna já ocorria na era Paleozóica, segundo revista "Nature"

Da Efe<br>Em Londres

13/07/2009 14h00

A descoberta feita na Austrália de fósseis de peixes placodermos com embriões em seu interior indica que a fertilização interna data do período Devoniano, há quase 400 milhões de anos, e que algumas espécies aquáticas tinham órgãos de inseminação parecidos com os dos tubarões atuais.

Uma equipe de cientistas da Universidade de Western Australia, liderada por Kate Trinajstic, publicou hoje, na revista científica "Nature", os últimos dados das pesquisas desses fósseis, cuja descoberta foi anunciada em fevereiro de 2008.

Em seu artigo, os especialistas confirmam que as características dos fósseis encontrados e a presença de embriões indicam que a fertilização interna é mais antiga do que se pensava e começou pelo menos na era Devoniana (há 380 a 360 milhões de anos), quando estava ocorrendo a transição de animais aquáticos para a terra.

Os placodermos, também chamados de "dinossauros do mar", são um grupo extinto de peixes com mandíbula, que imperou entre os vertebrados durante a era Paleozóica (que inclui o período Devoniano) e que tinham escamas ósseas como uma couraça sobre sua cabeça e corpo.

Os cientistas acreditam que sua enigmática anatomia pode fechar conclusões sobre a evolução dos vertebrados com mandíbula, incluindo os seres humanos.

Os especialistas afirmaram que alguns placodermos tinham órgãos reprodutores parecidos com os dos atuais tubarões.

Ao analisar os fósseis, a equipe de Kate encontrou um desses órgãos em um Incisoscutum macho, uma espécie de placodermo pertencente ao importante grupo dos artródiros, afirma a matéria da "Nature".