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Opas inicia campanha para vacinar mais de 250 mil crianças no Haiti

03/02/2010 18h42

Washington, 3 fev (EFE).- A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) iniciou uma campanha para vacinar mais de 250.000 crianças no Haiti, anunciou hoje o diretor-adjunto do organismo, Jon Andrus.

Andrus alertou que as infecções são um risco para as milhares de crianças que ficaram sem lar após o terremoto de 12 de janeiro.

"Estimamos que mais de 250 mil crianças até 7 anos precisam de vacinas contra difteria, tétano, sarampo e rubéola", disse o diretor-adjunto.

Em entrevista coletiva, Andrus declarou que a campanha será coordenada com o Governo haitiano e distribuirá milhares de dose da vacina tríplice bacteriana, que age contra a difteria, o tétano e a coqueluche.

Em primeiro lugar serão vacinadas as crianças até 7 anos de idade, começando pelas que estão vivendo nos acampamentos improvisados nas ruas, diante do perigo de que possam contrair alguma doença pela falta de higiene.

"Muitas crianças estão dormindo em tendas de campanha, com falta de higiene, em más condições. Por isso, existem condições de risco de transmissão de doenças infecciosas", alertou.

Andrus ressaltou a importância de reforçar os serviços primários, particularmente no programa de imunização, e assegurou que este não será um esforço pontual, mas sim com ações no longo prazo e, mais adiante, uma campanha que inclua a toda a população infantil.

"Quando tivermos condições mais estáveis, e com o progresso do restabelecimento do programa regular, vamos vacinar todas as crianças contra a hepatite B", disse.

Além das doenças infecciosas, a diarréia, a tuberculose e as doenças mentais são algumas das preocupações atuais da Opas no Haiti.

A organização continua concentrada em restabelecer os serviços básicos, como a água potável, e distribuir mensagens para estimular as condições de higiene necessárias para evitar contágios de diversas doenças.

Segundo Andrus, a Opas está apoiando as ações do Governo haitiano com médicos que visitam os acampamentos, assim como com clínicas móveis e hospitais.

Neste sentido, considerou que a coordenação entre as organizações é "fundamental", assim como "o respeito às autoridades haitianas".