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Máxima autoridade da ONU em mudança climática está pessimista quanto a acordo

20/02/2010 11h28

Londres, 20 fev (EFE).- Yvo de Boer, que esta semana anunciou que em julho entregará o cargo de secretário-geral da Convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Mudança Climática, está pessimista quanto à possibilidade de os maiores poluidores do planeta chegarem a um acordo sobre o tema na cúpula de Cancún, que acontece em dezembro.

No entanto, em declarações ao "Financial Times", o austríaco admitiu que, talvez, os participantes da reunião no México tomem decisões que ajudem a modelar um tratado definitivo mais adiante.

Mas "conseguir os grandes acordos (necessários) ao mesmo tempo, tanto em matéria de conteúdo como de forma, e concluir tudo em apenas duas semanas é algo muito difícil", disse o funcionário,.

A comunidade internacional esperava que o limitado acordo assinado há dois meses na cúpula de Copenhague pudesse virar um tratado completo na cúpula de Cancún.

Mas o pessimismo manifestado por De Boer deverá dar mais argumentos aos que reivindicam reformas mais urgentes e mudanças no sempre lento processo de tomada de decisões da ONU.

Nas declarações ao "Financial Times", o austríaco criticou o "perturbador silêncio" em torno do texto que se negocia na ONU sobre o papel do setor privado na luta contra a mudança climática, omissão pela qual indiretamente o diplomata culpa os Governos envolvidos.