Topo

Informações gerais sobre a Aids

16/07/2010 09h00

Viena, 16 jul (EFE).- A Conferência Internacional Aids 2010 começa no domingo, em Viena, quase 30 anos depois de a doença, que segue sem cura, ter sido descoberta.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a aids é uma das principais causas de morte no mundo entre os menores de 60 anos.

CAUSAS E FORMAS DE TRANSMISSÃO: A síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids) é causada pelo vírus HIV, que sobrevive com dificuldade fora do corpo humano. Por isso, a transmissão se dá por sangue, fluidos genitais e durante a gestação.

Os primeiros sintomas incluem cansaço crônico, diarreia, febre, perda de peso, perda de memória, tosse continua, problemas na pele e a inflamação dos gânglios linfáticos.

A chamada "epidemia do século XX" consiste no enfraquecimento do sistema imunológico, o que leva à perda progressiva da função de certas células denominadas linfócitos CD4. Isso torna o organismo vulnerável.

O tratamento antirretroviral pode desacelerar a progressão da doença ao diminuir a carga virótica do infectado.

NÚMEROS: No mundo todo há 33,4 milhões de infectados pelo HIV/Aids. A imensa maioria vive na África Subsaariana (22,4 milhões), e a aids é a doença que mais mata na África.

As mulheres representam a metade das pessoas que vivem com o HIV no mundo todo, e mais de 60% das infecções pelo HIV na África Subsaariana.

O segundo continente mais afetado é a Ásia, com 4,7 milhões de pessoas com a doença.

Desde que a Aids foi descoberta, cerca de 65 milhões de pessoas foram infectadas e 25 milhões morreram.

Em 2008, dois milhões de pessoas morreram e ao menos outros 2,7 milhões foram infectados. O número de novos doentes representou uma queda de 17% em relação aos oito anos anteriores, segundo a Unaids, o programa das Nações Unidas para a aids.

Mesmo assim, a ONU alerta que o contágio está aumentando na Europa Oriental e na Ásia Central devido ao uso de drogas injetáveis, sendo a causa de aproximadamente de um em cada três novos casos de HIV fora da África.

Na América Latina, dois milhões de pessoas estão infectadas e, em 2008, 77.000 morreram.

TRATAMENTO: Até agora não foi encontrado medicamento que cure definitivamente a Aids, tampouco uma vacina que a evite. Porém, já ficou demonstrada a utilidade da prevenção e de tratamentos antirretrovirais que melhoram a saúde dos doentes.

As dificuldades médicas para combater a doença se devem a sua extrema mutabilidade: o HIV se integra rapidamente ao DNA do contagiado, o que o torna quase invisível ao sistema imune.

Os tratamentos com antirretrovirais superam US$ 10 mil anuais, um custo inacessível para 95% dos doentes nos países menos desenvolvidos.

O uso de antirretrovirais aumentou a expectativa de vida ao frear a progressão da doença e reduzir os níveis do vírus no sangue.

No entanto, algumas vezes o coquetel de remédios provoca graves efeitos colaterais, e os elevados preços limitam seu uso aos países ricos, onde as mortes pela Aids caíram cerca de 80%.

Na África, quase 70% dos doentes não têm acesso a tratamentos antirretrovirais, enquanto na América Latina a cobertura com esse tratamento chega a 54% dos doentes.

Nos países ricos, a hepatite C é a principal causa de morte entre os pacientes cujas defesas estão debilitadas pela Aids, enquanto nos países pobres é a tuberculose.