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Missão de satélites gêmeos que retrataram a Lua terminará na segunda-feira

Animação mostra o trajeto do último voo das sondas gêmeas Ebb e Flow, que encerram sua missão nesta segunda-feira (17) após mais de um ano em órbita na Lua - Nasa/JPL-Caltech/GSFC/ASU
Animação mostra o trajeto do último voo das sondas gêmeas Ebb e Flow, que encerram sua missão nesta segunda-feira (17) após mais de um ano em órbita na Lua Imagem: Nasa/JPL-Caltech/GSFC/ASU

Em Washington

13/12/2012 18h17

Os satélites gêmeos Ebb e Flow, que por um ano fizeram imagens que permitiram conhecer melhor a estrutura interna da Lua, concluirão sua missão na próxima segunda-feira (17) caindo em uma montanha do polo norte do satélite, informou a Nasa (Agência Espacial Norte-Americana).

"A missão foi um sucesso, mas este é um momento um pouco triste para mim", confessou David Lehman, o gerente do programa Grail (a sigla em inglês para Laboratório Interior e de Recuperação de Gravidade), em entrevista dada em Pasadena, Califórnia.

Após anos de preparação, um foguete Delta II partiu em setembro de 2011 propulsando rumo à Lua dois satélites: o GRAIL A, que estudantes americanos batizaram como Ebb, e o GRAIL B, batizado como Flow.

Os robôs orbitais empregaram um sistema de campo gravitacional de alta qualidade para determinar a estrutura interior da Lua, e María Zuber, cientista do MIT (Instituto Tecnológico de Massachusetts) encarregada do projeto, disse que as imagens sem precedentes "nos dão um conhecimento enorme da Lua".

"Ebb e Flow completaram com sucesso sua missão científica principal", acrescentou María. "Estamos fazendo os últimos preparativos e, dado que o combustível dos robôs está acabando, a missão terminará em breve. Quero esclarecer que tudo isto ocorre de acordo com o planificado."

No domingo será completada a última órbita dos robôs gêmeos e desde o controle de missão se apagarão todos os instrumentos científicos, acrescentou.

Após isso, Ebb e Flow se dirigirão ao cume de uma montanha no polo Norte da Lua e concluirão sua missão, caindo no solo antes de passar ao outro lado do satélite, invisível desde a Terra.