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Curiosity comprova que radiação de viagem a Marte é perigosa para humanos

30/05/2013 21h16

Washington, 30 mai (EFE).- O robô Curiosity, que desde agosto está explorando a superfície de Marte, confirmou que os níveis de radiação de uma viagem ao planeta vermelho superam os limites estabelecidos pela Nasa (agência espacial americana) para proteger a saúde dos astronautas.

No entanto, a Nasa se mostrou otimista e disse que estas medições realizadas pela sonda estão proporcionando a informação necessária para o desenvolvimento de sistemas que protejam os exploradores humanos da exposição à radiação em expedições futuras.

O detector de radiação do laboratório que o robô leva a bordo mediu pela primeira vez a radiação à qual se exporia um ser humano em uma viagem de ida e volta (de oito meses de duração), o que representa "uma informação vital" para projetar uma futura missão de humanos a Marte.

O cálculo não inclui a radiação à qual se exporiam durante a estadia na superfície do planeta, o que aumentaria muito a quantidade calculada neste primeiro estudo.

Os altos níveis de radiação aos quais se exporia um ser humano em uma eventual viagem a Marte é um dos maiores desafios da ciência, devido ao aumento exponencial das possibilidades de desenvolver câncer devido à radiação.

Os resultados obtidos pelo Curiosity serão publicados amanhã na revista "Science".

Algumas empresas privadas preveem que a primeira viagem humana a Marte poderia acontecer em 2018, enquanto outros, como a própria Nasa, são mais cautelosos e calculam que poderá ser no ano 2030.