Cientistas preveem que em um bilhão de anos não haverá água na Terra
Paris, 11 dez (EFE).- Dentro de aproximadamente um bilhão de anos toda a água da Terra terá evaporado, segundo um estudo francês divulgado nesta quarta-feira, que adia em várias centenas de milhões de anos as estimativas realizadas em previsões anteriores.
Esse fenômeno, segundo a pesquisa que amanhã será publicada na revista "Nature", se deve aos efeitos do aumento da radiação solar, que não tem nenhum vínculo com o aquecimento global.
Da mesma forma que a maior parte das estrelas, segundo essas conclusões, a luminosidade do Sol aumenta muito lentamente e de forma natural ao longo de sua existência, o que provoca uma alta das temperaturas terrestres.
O Centro Nacional para a Pesquisa Científica (CNRS, na sigla em francês) e os outros três institutos envolvidos destacam que a quantidade de vapor de água na atmosfera aumenta com a temperatura dos oceanos, e explicam que o vapor de água é um gás de efeito estufa que participa do aquecimento da superfície terrestre.
Esses cientistas preveem que esse aumento acabe provocando a "ebulição dos oceanos" e o desaparecimento de água em seu estado líquido.
Outra consequência dessa hipótese é a desestabilização do efeito estufa, que não permitiria seguir conservando na Terra uma temperatura média "clemente" de 15 graus centígrados.
Até o momento, não era possível avaliar esse momento com confiabilidade, segundo os especialistas, porque esse fenômeno tinha sido estudado com modelos astrofísicos muito simplificados, que analisavam a Terra como um ente uniforme e que não levavam em conta elementos "essenciais" como as estações ou as nuvens.
O novo modelo, tridimensional, assegura ser capaz de prever a evolução do meio ambiente terrestre sob o efeito de um aumento muito forte da radiação solar.
Segundo esse último estudo, o ponto de inflexão se produzirá quando a radiação solar média alcançar 375 watts por metro quadrado, frente aos 341 watts atuais, algo que se espera para dentro de um bilhão de anos.
A diferença para as previsões anteriores é que este modelo outorga um papel determinante à circulação atmosférica, que, ao mesmo tempo em que transporta o calor do Equador até as latitudes médias, "seca" essas regiões quentes e reduz o efeito estufa nessas partes onde é mais suscetível de acelerar-se.
"O aumento da radiação solar parece intensificar esta circulação, secando primeiro as regiões subtropicais e estabilizando o clima durante várias centenas de milhões de anos, antes de alcançar o ponto de não retorno", acrescentam os pesquisadores.
Este fenômeno poderia explicar porque Vênus, mais próximo do Sol, se transformou em "um forno", e facilitaria igualmente a compreensão do clima dos exoplanetas, segundo os especialistas, que detalham que um planeta não necessita ser "exatamente" como a Terra para possuir oceanos.
Esse fenômeno, segundo a pesquisa que amanhã será publicada na revista "Nature", se deve aos efeitos do aumento da radiação solar, que não tem nenhum vínculo com o aquecimento global.
Da mesma forma que a maior parte das estrelas, segundo essas conclusões, a luminosidade do Sol aumenta muito lentamente e de forma natural ao longo de sua existência, o que provoca uma alta das temperaturas terrestres.
O Centro Nacional para a Pesquisa Científica (CNRS, na sigla em francês) e os outros três institutos envolvidos destacam que a quantidade de vapor de água na atmosfera aumenta com a temperatura dos oceanos, e explicam que o vapor de água é um gás de efeito estufa que participa do aquecimento da superfície terrestre.
Esses cientistas preveem que esse aumento acabe provocando a "ebulição dos oceanos" e o desaparecimento de água em seu estado líquido.
Outra consequência dessa hipótese é a desestabilização do efeito estufa, que não permitiria seguir conservando na Terra uma temperatura média "clemente" de 15 graus centígrados.
Até o momento, não era possível avaliar esse momento com confiabilidade, segundo os especialistas, porque esse fenômeno tinha sido estudado com modelos astrofísicos muito simplificados, que analisavam a Terra como um ente uniforme e que não levavam em conta elementos "essenciais" como as estações ou as nuvens.
O novo modelo, tridimensional, assegura ser capaz de prever a evolução do meio ambiente terrestre sob o efeito de um aumento muito forte da radiação solar.
Segundo esse último estudo, o ponto de inflexão se produzirá quando a radiação solar média alcançar 375 watts por metro quadrado, frente aos 341 watts atuais, algo que se espera para dentro de um bilhão de anos.
A diferença para as previsões anteriores é que este modelo outorga um papel determinante à circulação atmosférica, que, ao mesmo tempo em que transporta o calor do Equador até as latitudes médias, "seca" essas regiões quentes e reduz o efeito estufa nessas partes onde é mais suscetível de acelerar-se.
"O aumento da radiação solar parece intensificar esta circulação, secando primeiro as regiões subtropicais e estabilizando o clima durante várias centenas de milhões de anos, antes de alcançar o ponto de não retorno", acrescentam os pesquisadores.
Este fenômeno poderia explicar porque Vênus, mais próximo do Sol, se transformou em "um forno", e facilitaria igualmente a compreensão do clima dos exoplanetas, segundo os especialistas, que detalham que um planeta não necessita ser "exatamente" como a Terra para possuir oceanos.
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